Neste artigo e alguns que se seguirão são testemunhos reais de profissionais que descrevem as suas experiências, desafios e obstáculos em Job Search.
Entrevista realizada a João Marques, Hotel Manager, 30 anos.
Ao longo do percurso profissional quais os obstáculos mais relevantes que encontrou durante o seu Job Search?
Os maiores desafios com que me deparei no processo de Job Search foram a minha idade, por ser um jovem com ambições, que procurou fazer de cada experiência um projeto, por vezes fora da zona de conforto. Durante este processo, o maior desafio é sempre dar a conhecer uma indústria de Pessoas para Pessoas, em que todos os dias são diferentes, inserido num mercado Global e exigente. Por vezes, quando perante perguntas de “Explique-me como organiza o seu dia-a-dia?” ou “Qual a área que mais gosta?” deparo-me com o obstáculo mais relevante. Nenhum dia é igual ao outro e a indústria hoteleira tem características muito próprias, que faz dos seus profissionais Pessoas com uma capacidade de adaptação fora do comum.
Sentiu o poder e reflexos positivos do “Networking” no seu percurso profissional?
Sem dúvida. Todos os dias nos relacionamos e trocamos contacto com um elevado número de Pessoas e Profissionais. A Indústria Hoteleira apesar de extensa é pequena. A cooperação e sinergias são sem dúvida a nossa melhor ferramenta. O Networking é constante e sem dúvida nenhuma ,uma ferramenta indispensável a para melhorarmos, trocarmos experiências e podermos ser indicados para uma nova vaga ou projeto pela partilha de experiências e performance.
Os projectos internacionais foram sempre o seu foco ou surgiram por acaso? Portugal continua a ser a sua prioridade?
No meu caso, a experiência Internacional foi um dos meus principais objetivos. A minha escolha recaiu em Angola por ser um país africano. Havia colocado como objetivo África durante o Mestrado em Gestão. Os projetos internacionais dão-nos a possibilidade de sair da nossa zona de conforto, explorar novas culturas e conhecimentos, em suma ganhar Mundo. Com projetos internacionais no CV, presenciei e contribui para taxas de rentabilidade superiores às praticadas em Portugal onde o risco é, ou era em teoria, menor. Portugal é a minha prioridade desde que os projetos onde me encontre envolvido me transmitam o que mais procuro, Evoluir a cada dia como Gestor e Líder de Pessoas. Gosto de fazer a diferença, envolver as Equipas no modelo de gestão definido e premiar o bom desempenho. Gosto essencialmente de projetos que sejam desafiantes, definidos e estruturados em que no final olhe para trás e tenha feito parte da mudança e de uma maior rentabilidade.
O que o motiva a sair da sua “zona de conforto”?
A expressão de sair da zona de conforto comecei a ouvir e reter essencialmente durante o decurso do meu Mestrado em Gestão. Muito por via das novas gerações, onde me incluo, que necessitamos de Experimentar, Sentir e Mudar. A minha formação académica disponibilizou-me ferramentas globais que me permitem adaptar a trabalhar em qualquer ponto do Mundo. Sair da zona de conforto torna-se imperativo para alguém que gosta do contacto com Pessoas (Clientes Externos e Internos), socializar e conhecer novas Culturas e Países. Não seria possível trabalhar na Indústria Hoteleira se não tivesse por motivação sair da zona de conforto. Gosto de projetos diferentes, objetivos arrojados e mensuráveis, que em primeiro lugar me disponibilizem a aprendizagem e a evolução, que são a matéria essencial para quem gosta de experimentar e sentir novos desafios e aprender novos conceitos, tendências e formas de gerir Pessoas, aliando a isso maior rentabilidade dos projetos.
Entrevista conduzida por Susana Matos Miranda
Career Coach | Talent Manager – Informações:
Fundada em Abril de 2015, a GEORGE presta Assessoria de Mudança de Carreira a Quadros Médios-Superiores e Executivos, em job search, em Portugal e no Estrangeiro.