A taxa de desemprego da África do Sul, a economia mais industrializada do continente africano, voltou a crescer no primeiro trimestre deste ano, para 32,9%, de acordo com o instituto local de estatísticas (Stats SA).
De acordo com a agência de notícias EFE, o desemprego subiu 0,8% face ao trimestre anterior, o que faz com que o número de desempregados tenha aumentado em 330 mil, para 8,2 milhões de pessoas.
O desemprego juvenil ficou nos 45,5% no primeiro trimestre, uns 1,3% acima do que nos três meses anteriores, acrescenta o Stats SA, que dá conta que o número de jovens desempregados aumentou 22 mil, para 16,7 milhões nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o último trimestre do ano passado.
Os setores que mais contribuíram para o aumento líquido de emprego incluem o comércio, as indústrias, o transporte, a agricultura e a exploração mineira, aponta a EFE, notando que as áreas onde foram perdidos mais empregos foram os serviços comunitários e sociais, construção, finanças e serviços públicos.
O elevado desemprego é um dos assuntos mais importantes na campanha eleitoral para as presidenciais de 29 de maio, em que o atual Presidente, Cyril Ramaphosa, parte como favorito para revalidar o cargo, apesar de o Congresso Nacional Africano (ANC), poder perder a maioria parlamentar absoluta pela primeira vez, de acordo com as sondagens.