O treinador português José Mourinho garantiu este domingo que nunca sairá da Roma, com a qual tem contrato até ao fim da época, por iniciativa sua, justificando ainda a derrota em Bolonha com as ausências dos futebolistas Dybala e Lukaku.
“Os adeptos são únicos e, para mim, seria dura uma separação. Se tiver de acontecer, não será pela minha parte”, sublinhou, após o desaire por 2-0 que fez a equipa cair para a sétima posição, podendo ainda baixar mais um lugar nesta 16.ª jornada.
Mourinho considera que se tiver todos os jogadores disponíveis, a Roma é capaz de “competir” contra qualquer adversário, contudo com baixas importantes “custa mais”.
O português defendeu que esta tarde a sua equipa “não teve problemas ao nível tático, mas ao nível físico”, recordando, também neste campo, a importância do avançado belga Lukaku.
“Sem o Paulo [Dybala], falta-nos a classe. Sem Lukaku, não há físico. Sem os dois, sabia que hoje seria muito difícil”, reconheceu.
José Mourinho mencionou as limitações do clube devido às restrições impostas pelo ‘fair-play’ financeiro e assumiu estar “disponível” para pegar no projeto da Roma de um “modo diferente”, admitindo não ter falado ainda com a direção sobre essa ideia.
“Talvez seja melhor fazer jogar os jovens e desenvolvê-los do que trazer atletas sem nada para evoluir”, declarou.
Pediu ainda “perdão” ao português Renato Sanches, que entrou no início da segunda parte, pelo facto de ter estado somente 19 minutos em campo, considerando que essa decisão foi “dura” para si.
A Roma, que não perdia há cinco encontros, caiu para sétima, com 25 pontos, fora da zona europeia, e com a possibilidade de na segunda-feira vir a ser ultrapassada pela Atalanta, que tem 23 e recebe a lanterna-vermelha Salernitana.