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Em 10 residentes em Portugal um é estrangeiro

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Um em cada 10 cidadãos residentes em Portugal no ano passado nasceu no estrangeiro, o que representa um crescimento da fatia de migrantes de 24% em relação a 2012, avança um relatório sobre migrações, esta segunda-feira apresentado pela OCDE.

As nacionalidades mais representadas entre os migrantes em Portugal em 2022 eram a brasileira, que constituía um quarto do total de cerca de 1,1 milhões de migrantes no país, seguida da angolana, que representava uma fatia de 14%.

No terceiro lugar estava a França, de onde partiram 9% dos migrantes para Portugal no ano passado, segundo refere o relatório “Perspetiva da Migração Internacional 2023” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No total, os migrantes em Portugal constituíam 10,7% de toda a população residente, adianta o documento apresentado esta segunda-feira.

Os analistas da OCDE referem que em 2021 – segundo os dados mais recentes -, Portugal recebeu 94.000 novos migrantes de longa duração ou estada permanente, embora acrescentem que este número incluiu mudanças de estatuto, pelo que abrange algumas das pessoas que já viviam no país.

O número é, segundo o relatório da OCDE, composto por 28,3% de migrantes que beneficiam de livre mobilidade, ou seja, são sobretudo provenientes do espaço Schengen na Europa, sendo que quase metade (41,2%) veio viver para Portugal para trabalhar e um quarto (24,7%) por razões familiares, acompanhando ou reunindo-se a um migrante laboral já residente.

Entre o total de migrantes em Portugal, apenas 1% são estudantes do ensino superior de países terceiros e 0,3% são migrantes humanitários.

Também entre os que chegaram em 2021, o Brasil foi a nacionalidade mais representada, mas neste grupo foi seguida pela Índia e Bélgica.

Entre os 15 principais países de origem, a Alemanha registou o maior aumento (+1.400 pessoas) e o Brasil a maior diminuição (-2.800).

Em 2022, o número de primeiros requerentes de asilo aumentou 47%, atingindo cerca de 2.000 candidatos, mas a maioria não vinha da Ucrânia, mas sim do Afeganistão.

O segundo país de onde provieram mais requerentes de asilo em Portugal foi a Índia e só depois a Ucrânia, com o registo de 200 pedidos, excluindo beneficiários de proteção temporária.

No ano passado, o número de migrantes que chegou a países da OCDE atingiu um valor sem precedentes, com mais de seis milhões de pessoas, excluindo os refugiados ucranianos.

O número, avançado esta segunda-feira no relatório anual sobre migração da OCDE, representa um aumento de 26% em relação a 2021 e de 14% em comparação com 2019, último ano antes da pandemia de covid-19.

Fundada em 1961 para estimular o progresso económico e o comércio mundial, a OCDE é uma organização intergovernamental com 38 países-membros, entre os quais Portugal, que assumiram o compromisso de defender a democracia e a economia de mercado, procurando respostas integradas para problemas comuns e a coordenação das políticas nacionais com as internacionais.

A maioria dos membros da OCDE tem economias muito desenvolvidas, representando, em conjunto, mais de 60% da riqueza criada em todo o mundo.

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