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Comunidade lusodescendente do Myanmar quer ajuda do Papa Francisco

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Um jovem lusodescendente de Myanmar (antiga Birmânia), Aloysius, chega esta terça-feira a Lisboa com a esperança de integrar o encontro que o Papa Francisco terá com jovens refugiados e fazer ouvir os apelos da sua comunidade bayingyi.

O jovem viaja para Portugal a convite da AILD – Associação Internacional de Lusodescendentes e do MCP – Movimento Cumprir Portugal e estará em Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude, refere a AILD em comunicado, acrescentando que Aloysius, de 24 anos, “é um testemunho vivo da trágica realidade imposta a essa peculiar comunidade lusodescendente”.

Por isso, “faz todo o sentido a presença do jovem Aloysius no encontro que o Papa Francisco irá ter com jovens refugiados, na Universidade Católica Portuguesa, no próximo dia 03 de agosto”, defende-se na nota.

A Jornada Mundial da Juventude poderá ser, assim, uma ótima oportunidade para que o pedido de ajuda da comunidade bayingyi possa ser finalmente ouvido”, defendeu em declarações à Lusa o historiador/investigador e diretor-geral para o Mundo da AILD, Joaquim Magalhães de Castro, que conhece bem aquela comunidade e que há décadas divulga a sua existência, com artigos publicados nos media, livros, documentários ou exposições fotográficas.

Será precisamente o historiador que acompanhará o jovem bayingyi durante a sua estadia em Portugal entre 01 e 15 de agosto.

“Enquanto a guerra na Ucrânia domina as atenções dos media e das organizações internacionais, prossegue impune a repressão da Junta Militar de Myanmar em relação a todos os que se opõem ao regime”, destaca-se na nota que divulga a presença do jovem.

Entre as vítimas da repressão estão, lembra-se, “os membros de uma comunidade lusodescendente com mais de 450 anos, conhecida localmente como bayingyi”.

Realçando que na sequência “da onda de violência que varre Myanmar há quase dois anos, várias das aldeias bayingyis foram inteiramente queimadas, os bens das pessoas destruídos e houve até vários assassínios”.

“Aterrorizados, os habitantes dessas aldeias fugiram e encontram-se agora refugiados nas instalações da diocese em Mandalay, a segunda cidade do país”, acrescenta.

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