Pelo menos seis pessoas morreram devido às fortes chuvas que assolam o sul do Brasil desde o início da semana, que provocaram inundações e deslizamentos de terras, indicaram as autoridades locais.
Segundo o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Sousa, três pessoas morreram no Rio Grande do Sul, duas das quais quando a casa ruiu em Gramado, uma cidade turística a 100 quilometros de Porto Alegre.
“Infelizmente, as três mortes já foram confirmadas. Muita destruição e milhares de pessoas estão abrigadas em ginásios nos municípios atingidos”, disse Gabriel Sousa.
Pelo menos 31.000 pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e mais de 1.600 tiveram de ser retiradas das suas casas.
Várias cidades, incluindo Roca Sales, foram afetadas devido ao transbordar das águas do rio Taquari.
Segundo a Agência France-Presse, dezenas de voluntários tentavam limpar hoje as ruas da cidade, algumas das quais estavam completamente cobertas pelas águas castanhas do Taquari ou de lama e cheias de árvores.
O mau tempo provocou ainda outras três mortes no estado de Santa Catarina, no norte do Rio Grande do Sul, duas das quais são mulheres residentes na cidade de Taio, que morreram na quinta-feira, e outra é um homem que morreu na sexta-feira em Palmitos, existindo ainda uma quarta pessoa desaparecida.
Nos últimos meses, a região sul do Brasil tem sido afetada por condições meteorológicas extremas, nomeadamente chuvas torrenciais e um ciclone que mataram em setembro mais de 50 pessoas.
De acordo com especialistas, estes fenómenos, causados pelas alterações climáticas, tendem a repetir-se.
O governador de Santa Catarina decretou estado de emergência em 64 municípios devido às fortes chuvas que começaram na terça-feira.
Nas quatro cidades mais afetadas pela chuva no estado de Santa Catarina, choveu mais do que o dobro do normal para novembro em três dias.
Durante a semana, o sudeste, centro-oeste e parte do norte do Brasil foram atingidos por uma onda de calor extremo.