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Um resultado motivador que deixa sonhar

© Luís Cruz / BOM DIA

A seleção portuguesa de futebol despediu-se do público luso, rumo ao Mundial2022, com uma tranquila goleada por 4-0 sobre a Nigéria, a deixar sonhar, num jogo em que não foi constante, mas teve bons momentos, em Alvalade.

Bruno Fernandes, aos nove e 35 minutos, o segundo de penálti, o estreante Gonçalo Ramos, aos 82, e João Mário, aos 84, marcaram os golos da formação lusa, num jogo em que não se deu pela falta do capitão Cristiano Ronaldo, a contas com uma gastrite.

Num embate em que também estreou o ‘menino’ António Silva, que mostrou estar pronto, Fernando Santos deve ter ganhado ‘dores de cabeça’ para o primeiro ‘onze’ no Mundial2022, tão boa foi a resposta de vários jogadores.

Na pele de ‘vagabundo’, a percorrer todo o ataque luso, João Félix esteve em ‘todas’, num jogo em que Bruno Fernandes foi a ‘estrela’ da primeira metade, e, na segunda, também brilharam os suplentes Raphaël Guerreiro, João Mário e Gonçalo Ramos.

Em suma, não faltam opções de grande qualidade a Fernando Santos, que tem, assim, nova grande oportunidade para construir um ‘onze’ de enorme qualidade no Qatar.

Luís Cruz / BOM DIA

A seleção lusa entrou com seis novidades em relação ao 0-1 com a Espanha, que custou a ‘final four’ da Liga das Nações, com Rui Patrício, Diogo Dalot, o estreante António Silva, Otávio, João Félix e André Silva em vez de Diogo Costa, João Cancelo, Danilo, Rúben Neves, o doente Cristiano Ronaldo e o lesionado Diogo Jota.

Assim, Portugal entrou com Diogo Dalot, Rúben Dias, António Silva e Nuno Mendes, à frente de Rui Patrício, uma meio-campo com William Carvalho, Otávio e Bruno Fernandes e um ataque com Bernardo Silva, João Félix e André Silva.

A equipa lusa entrou dinâmica e, após ensaios falhados de João Félix (cinco minutos) e Bruno Fernandes (oito), inaugurou o marcador, aos nove, com o jogador do Atlético de Madrid a isolar na direita Diogo Dalot, que, depois de temporizar, tocou atrasado para o remate do médio do Manchester United.

Em vantagem, o conjunto luso desacelerou logo o jogo, passando a tentar controlá-lo com sucessivas trocas de bola. Ainda assim, foi sempre criando perigo, com Nuno Mendes (14 minutos), João Félix (21) e William Carvalho (27) a ameaçar o segundo.

Os comandados de José Peseiro raramente conseguiam chegar à área lusa e, quando lá apareceram, António Silva anulou a tentativa de Arribo, aos 25 minutos, e Moses Simon atirou à figura de Rui Patrício, que segurou sem problemas, aos 31.

Luís Cruz / BOM DIA

Na sequência de ‘nada’, surgiu, aos 35 minutos, o segundo golo luso, o ‘bis’ de Bruno Fernandes, na transformação de um penálti, depois do ‘saltinho’ que fez cair Uzoho. A falta foi marcada após um centro de Bernardo Silva esbarrar no braço de Osayi-Samuel.

Até ao intervalo, a ‘monotonia’ só foi quebrada já aos 45 minutos, com um grande passe de João Félix a isolar Bruno Fernandes, que, depois de contornar o guarda-redes, atirou o ‘hat-trick’ para as malhas laterais.

Para a segunda parte, Fernando Santos fez entrar Pepe, Raphaël Guerreiro, Vitinha e João Mário, para os lugares de Rúben Dias, Nuno Mendes, Bernardo Silva e Bruno Fernandes, e o ritmo abrandou, como seria previsível, a sete dias da estreia no Mundial2022.

A primeira ocasião apenas apareceu aos 71 minutos, já depois da entrada do estreante Gonçalo Ramos (aos 67, para o lugar de André Silva), e pertenceu à Nigéria, com Chukwueze a bater António Silva em velocidade, mas a ‘esbarrar’ em Rui Patrício.

Portugal ‘despertou’ com esse lance e foi em busca do terceiro golo, que João Félix esteve duas vezes perto de conseguir, mas Uzoho fez grande defesa, aos 73 minutos, e, aos 74, o seu remate cruzado saiu ao lado.

Já com Ricardo Horta em vez de Otávio, a equipa lusa voltou a estar perto de sofrer aos 81 minutos, depois de falta na área de Dalot sobre Osayi-Samuelt – o VAR corrigiu de fora para dentro da área -, mas Rui Patrício desviou para o poste direito o remate de Bonaventure, mantendo as suas redes a ‘zero’.

Esta jogada foi, porém, apenas uma interrupção numa ponta final em ‘grande’ da seleção lusa, que chegou ao terceiro golo aos 82 minutos, por Gonçalo Ramos, a atirar para a baliza deserta, após assistência de Raphaël Guerreiro, numa bela jogada envolvente.

A formação das ‘quinas’ estava agora a desfrutar do jogo e o quarto golo só tardou mais dois minutos: depois de uma dupla troca de bola entre Raphaël Guerreiro e João Félix, na esquerda, o jogador do Atlético de Madrid foi à linha e tocou atrasado, para Gonçalo Ramos servir de calcanhar João Mário.

Foram dois golos em que, após o excelente trabalho coletivo, foi só empurrar e tiveram o condão de animar o público luso, os 43.621 espetadores que estiveram em Alvalade. Em clima de festa, pediu-se ‘só mais um, só mais um…’, que não chegou.

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