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Um Qioske para promover o design português no mundo

Chama-se Qioske e quer levar o design de produto português mais longe. O projeto, fundado por dois jovens portugueses recém-regressados do estrangeiro, combina vendas online com o desenvolvimento de negócios e é uma montra para artesãos e designers nas áreas da decoração, lifestyle e moda.

Foi ainda em Moçambique, onde estiveram 11 anos com posições relevantes na área do marketing, comunicação, publicidade e gestão, que Vânia Gonçalves e Sérgio Inglês perceberam o valor do design nacional. Quando regressaram a Portugal, instalaram-se na cidade de Aveiro e, a partir daí, criaram um projeto que destacasse o know-how português no design de produto.

«Uma decisão que tomámos ainda antes do regresso foi criar algo que fosse nosso, que nos permitisse aplicar todo o conhecimento que ganhámos e valor que sabemos que temos, sem ter que estar literalmente dependentes da condição humana de “assalariados” para a vida», explica Sérgio Inglês.

Ainda a ponderar o próximo passo, o ato corriqueiro de decorar a casa acabou por ser o “clique” para criar o negócio. «Descobrimos que sempre que pesquisávamos online por qualquer tipo de artigo de decoração ou acessórios de cozinha, iluminação, cadeiras, sofás, fosse o que fosse, havia uma oferta tremenda de portais de venda, com artigos de Espanha, Itália, China, etc., mas que só conhecendo as marcas conseguíamos encontrar algo que precisávamos. Fez-se luz nesse dia. Se eu, como português, compro online produtos feitos e desenhados em todo o mundo, de certeza que qualquer pessoa noutra geografia deveria ter acesso ao que fazemos por cá», acrescenta.

O resultado foi o Qioske, que, ao mesmo tempo, é uma plataforma de promoção dos designers portugueses, uma loja online que gere a distribuição, o embalamento e o pós-venda diretamente com o consumidor final e também «uma espécie de “business developers” para os designers e produtores locais», revela o empresário.

Atualmente, estão integrados na Qioske vários designers e marcas, incluindo a Emanuel Rufo, especialista em brinquedos artesanais, a Orikomi, com artigos de decoração em papel, a Musgo, com soluções de iluminação, a Minimal Cork, produtora de artigos de decoração e acessórios em cortiça, e a Ecolã, com mantas em lã e burel.

Para entrar na plataforma, os designers têm de ser portugueses – mesmo que estejam noutra parte do mundo –, ter capacidade de produção e de entrega de produtos de elevada qualidade. «Não têm de ter um portefólio extenso. Basta terem um único produto incrível que queiram vender e nos garantam que conseguem ir satisfazendo encomendas com tempos de resposta específicos, em quantidades mínimas», sublinha Sérgio Inglês.

Embora os primeiros passos estejam a ser dados em Portugal, a ideia passa por levar os designers nacionais lá para fora, até porque, como sentiram os mentores do Qioske, há procura internacional pelo “made in Portugal”.

 

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