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Tóquio2020: China começa na frente do medalheiro

O título olímpico masculino de ciclismo de estrada do equatoriano Richard Carapaz sobressaiu no dia inaugural dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que atribuiu 11 ouros e isolou a China no topo do medalheiro, com três.

O vencedor da Volta a Itália em 2019 e terceiro colocado na recente edição da Volta a França descolou do grupo dos favoritos para concluir sem mácula os 234 quilómetros entre o Parque Musashinonomori e a Pista Internacional de Fuji em 6:05.26 horas.

Carapaz, de 28 anos, deixou a 1.07 minutos o belga Wout van Aert, que venceu a medalha de prata ao ‘sprint’ face ao esloveno Tadej Pogacar, bicampeão do ‘Tour’, terceiro, tendo os portugueses João Almeida e Nelson Oliveira sido 13.º e 41.º, respetivamente.

A prova de fundo do ciclismo de estrada levou milhares de japoneses às bermas das estradas entre as cidades de Chofu e Fuji, oportunidade rara nuns Jogos Olímpicos Tóquio2020 que decorrem sem público, devido à pandemia de covid-19.

Os anfitriões saíram do dia inaugural com o título masculino da categoria de -60 kg de judo, já que Naohisa Takato, de 28 anos, tricampeão mundial e terceiro no Rio2016, venceu por ‘ippon’ o taiwanês Yung Wei Yang, enquanto o bronze foi arrebatado pelo cazaque Yeldos Smetov, ex-finalista vencido olímpico, e pelo francês Luka Mkheidze.

O Japão também somou uma prata nos -48kg femininos, através de Funa Tonaki, que perdeu por ‘waza-ari’ frente à kosovar Distria Krasniqi, de 25 anos e líder do ‘ranking’ mundial, com o bronze a ficar para a ucraniana Daria Bilodid e a mongol Munkhbat Urantsetseg, ‘carrascas’ ao longo do dia da lusa Catarina Costa, quinta colocada.

O primeiro título dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 foi para a chinesa Yang Qian, de 21 anos, ao arrebatar a prova de tiro de carabina a 10 metros, com 251,8 pontos, pulverizando o recorde olímpico da especialidade, contra 251,1 da russa Anastasiia Galashina, medalha de prata, e 230,6 da suíça Nina Christen, que alcançou o bronze.

O iraniano Javad Foroughi, de 41 anos, também abrilhantou a estreia na competição de pistola de ar a 10 metros com uma nova marca olímpica, de 244,8 pontos, acima dos 237,9 do sérvio Damir Mikec, e 217,6 do chinês Wei Pang, campeão em Pequim2008.

A Coreia do Sul confirmou o tradicional favoritismo num inédito concurso de equipas mistas de tiro com arco, com a dupla composta por San An e Je Deok Kim a derrotar na final os Países Baixos, por 5-3, enquanto o México ficou com a medalha de bronze.

Já o halterofilismo renovou todas as categorias de peso em relação ao Rio2016, contexto aproveitado pela chinesa Zhihui Hou, recordista do mundo em -49kg, para levantar 210 quilos e bater três marcas olímpicas de uma assentada, liderando um pódio totalmente asiático, com a indiana Chanu Mirabai e a indonésia Windy Aisah nos restantes lugares.

Quanto à esgrima, a chinesa Sun Yiwen, de 29 anos, medalha de bronze há cinco anos, impôs-se à romena Ana Maria Popescu na final feminina de espada, por 11-10, após prolongamento, numa competição em que a estónia Katrina Lehis encerrou o pódio.

O húngaro Áron Szilágyi, de 31 anos, tornou-se o primeiro atleta masculino a vencer em três edições sucessivas dos Jogos Olímpicos, igualando a italiana Valentina Vezzali, ao vencer o transalpino Luigi Samele na prova individual de sabre, por 15-7, com o sul-coreano e campeão do mundo Kim Junghwan a repetir o bronze registado no Rio2016.

No taekwondo, o italiano Vito Dell’aquila, de 20 anos, venceu o cetro da categoria de -58 kg masculinos, superando o tunisino Mohamed Khalil Jendoubi, por 16-12, com o russo Mikhail Artamonov e o sul-coreano e campeão mundial Jun Jang a serem terceiros.

Nos -49 kg femininos, a tailandesa Panipak Wongpattanakit, de 23 anos e bronze no Rio2016, ganhou na final à espanhola Adriana Cerezo, por 11-10, com o terceiro lugar a pertencer à israelita Abishag Semberg e à sérvia Tijana Bogdanovic, ‘vice’ há cinco anos.

O dia inaugural estreou ainda o basquetebol 3×3, em simultâneo com o arranque dos torneios de andebol, badminton, boxe, ginástica artística, halterofilismo, hipismo, hóquei em campo, natação, polo aquático, ténis, ténis de mesa, voleibol e voleibol de praia.

A Espanha aproveitou para fixar o triunfo mais dilatado de sempre na prova feminina de polo aquático, ao bater a África do Sul, por 29-4, transpondo o recorde de 25-4 com que os Estados Unidos, bicampeões olímpicos em título, venceram horas antes o Japão.

Do país anfitrião chegaram a primeira desilusão de Tóquio2020, com o nadador Daiya Seto, medalha de bronze há cinco anos e tricampeão mundial, a falhar o acesso à final dos 400 metros estilos, ao ser nono, num evento em que o português José Paulo Lopes foi 20.º.

O ginasta Kohei Uchimura, bicampeão olímpico no concurso completo individual, hoje a qualificação para a final da barra fixa, único aparelho em que iria competir, e está fora dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, depois de ter renunciado defender o título no ‘all around’ devido a uma lesão nas costas.

Na ronda preliminar do evento feminino de ténis de mesa competiu a síria Hend Zaza, a mais jovem atleta de Tóquio2020, com 12 anos, que ‘caiu’ perante a austríaca Liu Jia, de 39 anos, um dia após ter sido porta-estandarte do seu país na Cerimónia de Abertura.

Nascida em janeiro de 2009, Hend Zaza, oriunda de uma nação em guerra, tornou-se a mais jovem atleta olímpica em 52 anos, sucedendo à romena Beatrice Hustiu que, em 1968, com 11 anos, participou na patinagem artística nos Jogos Olímpicos de Inverno.

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