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Task Force portuguesa a caminho de Espanha para ajudar vítimas das cheias

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A Força Conjunta de Proteção Civil e das Forças Armadas (FOCON) que Portugal enviou esta terça-feira para Valência, após as inundações, vai fazer “a diferença” no auxílio à reposição da normalidade, afiançou o Governo.

“Em menos de 24 horas, conseguimos constituir esta força, que estamos certos que fará a diferença naquilo que é o auxílio à reposição da normalidade em Valência”, salientou o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro.

Em declarações aos jornalistas, em Vendas Novas, no distrito de Évora, à margem da cerimónia que marcou a partida desta força conjunta para a região de Valência, o governante elogiou a rapidez com que esta resposta ficou operacional.

“Os portugueses têm sempre essa grande marca de solidariedade, disponibilidade e a prontidão de todas as forças, desde as forças de proteção civil até às forças armadas, foi exemplar”, disse.

Portugal enviou hoje uma força conjunta de proteção civil e das forças armadas para ajudar nas operações que decorrem em Valência, Espanha, após as inundações de há duas semanas.

A força, segundo o Governo, é constituída por 101 operacionais da proteção civil, bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e 28 militares dos três ramos das Forças Armadas, com o apoio de 40 veículos.

Esta ajuda, que partiu ao final da manhã, das instalações do Regimento de Artilharia nº 5 de Vendas Novas, foi enviada ao abrigo do pedido de ajuda internacional ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.

Na cerimónia de despedida da FOCON, em que também esteve presente Álvaro Castello-Branco, secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Paulo Ribeiro considerou “importante” o envio destes operacionais: “É a demonstração da solidariedade de Portugal e do povo português e de todas estas forças”.

“Portugal desde o início que manifestou a disponibilidade para auxiliar os nossos irmãos espanhóis. Foi agora que foi acionado o dispositivo e, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, faremos tudo para que possamos ajudar a repor a normalidade depois da tragédia que se abateu em Valência”, afirmou.

A força dá resposta às necessidades manifestadas por Espanha e vai ao encontro das capacidades de Portugal, acrescentou o governante.

A FOCON parte com uma “projeção mínima de sete dias”, mas, “se for necessário mais, teremos que adequar essa participação a mais de sete dias”, admitiu ainda o secretário de Estado.

Já o comandante da força conjunta, José Ribeiro, que é comandante regional de emergência e proteção civil do Alentejo, esclareceu que o dispositivo integra “valências essencialmente na área da bombagem e na área da desobstrução”.

“Esta força vai ser empenhada na região de Valência essencialmente em duas áreas que são nesta altura absolutamente críticas” para a “recuperação e reposição da normalidade”, disse.

Os 40 veículos mobilizados incluem retroescavadoras, uma motobomba de lama alto débito, eletrobombas e motobombas de esgoto e de lamas, módulo de bombagem de lamas, pá carregadora de rodas ou camiões de transporte de terras, entre outros.

“As bombas que temos são essencialmente para lamas. É uma zona muito afetada pela precipitação intensa, portanto teremos nas zonas baixas uma acumulação de água e de detritos também e, aí, a bombagem vai ser fundamental”, considerou o comandante.

Além disso, acrescentou, “como ocorreu o arrastamento de muitos detritos”, a maquinaria também vai servir “para fazer a sua remoção, abertura de acessos, repor aquilo que é a normalidade naquelas comunidades e levar também esse sinal de esperança ao povo irmão de Espanha”.

Uma vez que a região de Valência fica “no outro lado da Península Ibérica”, José Ribeiro estimou “um tempo de deslocação entre as 12 e as 14 horas” até ao teatro de operações.

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