A fadista Sara Correia, que editou recentemente o álbum “Liberdade”, atua no próximo 17 de fevereiro no Cadogan Hall, em Londres, divulgou a promotora britânica Como No, dedicada à promoção de música de raiz latina no Reino Unido.
A fadista vai ser acompanhada no palco londrino pelos músicos Diogo Clemente, na viola e direção artística, Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, Frederico Gato, no baixo, e Joel Silva, na bateria, os mesmos que a vão acompanhar, em março próximo, nos coliseus de Lisboa e Porto.
Sobre a fadista de Chelas, a sala londrina salienta a sua “voz esfumaçada e apaixonada”.
“Sara Correia capta amor e poder, tristeza e alegria, a cidade de Lisboa e a alma portuguesa. Habitando o espaço entre o fado tradicional e sombrio e a sua encarnação moderna e mais leve, as suas linhas superiores melífluas são influenciadas pela canção francesa”, afirma o Cadogan Hall, referindo-a como “uma das estrelas em ascensão mais rápida do fado”.
“O perfil da cantora portuguesa Sara Correia continuou a crescer acentuadamente este ano, após o lançamento do seu aclamado terceiro álbum de estúdio, ‘Liberdade’”, saído no passado dia 13 de outubro.
Nas vésperas da saída do álbum “Liberdade”, em entrevista à agência Lusa, Sara Correia afirmou que é uma fadista em que sente, “acima de tudo, que nos tempos de hoje não nos podemos esconder atrás de ninguém, temos de ser nós próprios, sem qualquer tipo de amarra”, referindo-se a si como uma “rebelde” e daí a escolha do título do álbum.
“Para fazer um disco que traz tanta intensidade e verdade, temos de ter a equipa certa”, disse na ocasião a fadista, defendendo a autenticidade do seu trabalho e referindo a cumplicidade que partilha com os músicos, com os quais trabalha há cinco anos, com os quais se vai apresentar em palco, e com o produtor e seu diretor musical, Diogo Clemente.
O disco inclui temas assinados por Diogo Clemente, Joana Espadinha, Pedro Abrunhosa e Carolina Deslandes, entre outros, e a recriação da “Balada de Outono”, de José Afonso.
À Lusa, a fadista garantiu que continua a sentir-se “muito ligada” ao bairro de Chelas, em Lisboa, onde nasceu, e onde vai todos os dias, dando título a um dos temas do disco, “Chelas” (Carolina Deslandes/Diogo Clemente).
“O meu bairro foi quem me criou e quem me fez ser a mulher que sou hoje. Foram as pessoas do bairro que me ajudaram a seguir o meu caminho e a ter força para continuar no mundo da música que é bastante difícil, e tive sempre o apoio do meu bairro nesse sentido”, enfatizou.
Sara Correia estreou-se em abril do ano passado em Londres, quando atuou no festival de música latina La Linea.