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Saiba como está o imobiliário premium em Portugal

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A Engel & Völkers divulgou os resultados do seu Market Report Portugal, um relatório que analisa as transações imobiliárias intermediadas pela multinacional alemã no período 2020-2021 nos mercados imobiliários de Lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia, Algarve e Oeste. As áreas mais exclusivas de Lisboa e Porto continuam a registar uma forte procura, mas o estudo mostra que outras zonas do país com ofertas do segmento premium, sobretudo no litoral, continuam a despertar o interesse de compradores e investidores, nacionais e internacionais.

Juan-Galo Macià, presidente da Engel & Völkers para Espanha, Portugal e Andorra, considera que “Portugal pode e deve continuar a tirar partido das suas condições excecionais face a outros mercados com uma gestão cada vez mais eficiente. A oferta imobiliária de luxo terá de ser capaz de crescer em zonas menos desenvolvidas do interior do país, bem como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para poder enfrentar o impacto da mudança nas regras dos Vistos Gold,” acrescenta.

Para os próximos dois anos, Juan-Galo Macià antecipa “um contexto desafiante num ambiente de juros em alta, pela primeira vez em 11 anos, e face aos novos riscos económicos e sociais que pairam sobre as economias europeias”, mas acredita que existem poucas “alternativas de investimento que possam competir com a rentabilidade que oferece o segmento mais premium”.

Porto e Vila Nova de Gaia

As zonas nobres da Foz do Douro e Nevogilde são as zonas em Portugal com o preço médio mais elevado nas transações intermediadas pela Engel & Völkers, respetivamente 5.000 euros/m2 e 5.100 euros/m2. Para este facto contribui a dimensão dos lotes, a qualidade das moradias – casas antigas, históricas e reabilitadas – e toda a envolvente paisagística, que tornam estas zonas únicas para famílias de elevado rendimento. Os compradores estrangeiros também privilegiam a Foz do Douro, o que também explica o facto de quase a totalidade das operações nesta zona terem como destino a habitação permanente.

Já o Centro Histórico é escolhido pela sua história, proximidade com o rio e pela mística associada às casas antigas, históricas e reabilitadas. Bonfim, Cedofeita e Centro Histórico registam uma elevada procura para investimento, representando cerca de 30 e 20% das operações.

Lisboa

Sem surpresa, as zonas mais centrais de Lisboa são as que registaram preços médios mais elevados nas transações intermediadas pela Engel & Völkers na capital. Tendo por base os dados de 2021 verifica-se que Santo António é a zona que regista o preço médio por metro quadrado mais elevado – 4.892 euros. Seguem-se as Avenidas Novas (4.672 euros), Misericórdia (4.653 euros) e Campo de Ourique (4.441 euros), Campolide (4.439 euros) – que registou a maior subida, de 34,19% – e Estrela (4.325 euros). Embora a maioria das operações tenha como objetivo a habitação permanente, algumas zonas de Lisboa são muito procuradas por investidores, nomeadamente Alcântara, Parque das Nações, Penha de França e São Vicente.

Algarve

A região algarvia continua a ser o destino de eleição para compradores estrangeiros. Em Portimão, por exemplo, nove em cada 10 aquisições de propriedades intermediadas pela Engel & Völkers foram realizadas por compradores estrangeiros, com a Alemanha, a Inglaterra e a Suécia a ocuparem os lugares cimeiros. Em Vilamoura e Quarteira, que apresentam um preço médio por metro quadrado elevado (3.367 euros/m2), os compradores estrangeiros representaram 75% das operações, com França e Suécia em destaque.

A zona do Carvoeiro e Porches, está entre as zonas com preço médio mais elevado (3.471 euros/m2) e atrai sobretudo compradores franceses e suíços. Em Alcantarilha / Armação de Pera verificou-se uma forte predominância de belgas e ingleses.

No sotavento algarvio – Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António – predomina a procura de segundas residências. A Ilha de Faro é um dos destinos mais procurados, pela proximidade à praia, e Tavira é um destino de eleição para holandeses, suíços, norte-americanos, irlandeses e franceses.

Oeste

A zona do Oeste abarca seis territórios distintos (Óbidos, Caldas da Rainha, Peniche, Nazaré, Leiria e Alcobaça), com perfis completamente diferentes. Em termos percentuais o maior crescimento verificado nos dois últimos anos, nos imóveis geridos pela Engel & Völkers, deu-se em Peniche, onde o preço médio por metro quadrado passou de 1.140 euros para 1.590, o que representa uma subida de 39,47%. Alcobaça e Leiria registaram subidas semelhantes – 34,15% e 34,13% respetivamente – em contraponto com Óbidos que apenas registou um incremento de 3,26%. No entanto, os maiores valores localizam-se na Nazaré, onde o preço médio por metro quadrado atingiu, no ano passado, a fasquia dos 2.370 euros. Em termos de tipologia apenas em Óbidos e Caldas da Rainha há uma procura por moradias – de 250 metros quadrados, três assoalhadas e piscina. Em todas as outras cidades a escolha recai sobre apartamentos, com áreas entre os 100 e os 200 metros quadrados. Leiria diferencia-se não só pela procura de habitação no centro da cidade, mas, também, por ser a única localização dominada por compradores nacionais.

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