Sacerdote afastado depois de denúncias de “possível violação”
O Patriarcado de Lisboa informou esta segunda-feira ter afastado um sacerdote da diocese após uma denúncia relativa a “um possível crime de violação”, caso que comunicou às “autoridades civis competentes”.
Em comunicado, o Patriarcado indicou que ouviu a vítima e o sacerdote e que vai “dar início aos procedimentos canónicos previstos para este tipo de casos”.
O padre foi afastado “de todas as suas funções até ao apuramento dos factos”, adiantou.
Segundo o comunicado, o caso “não se enquadra no âmbito da Comissão de Proteção de Menores”.
“O Patriarcado de Lisboa está totalmente disponível para colaborar com todas as autoridades competentes, tendo sempre como prioridade o apuramento da verdade e o acompanhamento das vítimas”, refere ainda o texto.
No caso dos menores, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) criou no final de 2021 uma Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa.
Coordenada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht e de acordo com o último balanço, de 10 de julho, a comissão já validou 352 testemunhos, tendo encaminhado para o Ministério Público 17 casos, que levaram à abertura de 10 inquéritos, segundo informação da Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.
A Comissão Independente, que é constituída também por Ana Nunes de Almeida (socióloga), Daniel Sampaio (psiquiatra), Álvaro Laborinho Lúcio (juiz conselheiro), Filipa Tavares (assistente Social) e Catarina Vasconcelos (realizadora e designer, como membro externo), iniciou funções em janeiro deste ano e espera terminar em dezembro um relatório sobre a situação nos últimos 70 anos.