Parlamento rejeita remuneração igual para homens e mulheres ao serviço da seleção
A proposta que visava garantir a igualdade de remuneração e compensação de atletas ao serviço das seleções nacionais, independentemente do seu género, foi esta quarta-feira chumbada pelo Parlamento.
O proponente foi o Bloco de Esquerda, que defendeu a sua tomada de posição com os seguintes argumentos: “Vários estados têm corrigido esta disparidade, igualando os valores dos prémios e salários das e dos atletas ao serviço das respectivas selecções de futebol, destaque para as selecções femininas dos Estados Unidos da América (EUA), que equiparou remunerações em 2022, e da Dinamarca, que lhe seguiu o exemplo em 2024. A Alemanha implementará uma medida semelhante até 2028. Portugal, cujo Estado se vincula ao princípio da igualdade por força da sua lei fundamental, deve aplicar idêntica medida”.
“É intolerável que para fazer exatamente o mesmo, para representar o mesmo país, no mesmo desporto, na mesma competição, os homens sejam muito melhor remunerados do que as mulheres”, disse a deputada Joana Mortágua ao Expresso após a decisão parlamentar.