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Paralímpicos mostram “coisas extraordinárias” que pessoas com deficiência podem fazer

A diretora do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD), da Igreja Católica em Portugal, destacou que a importância dos Jogos Paralímpicos, que se iniciaram esta quarta-feira em Paris, para mostrar a capacidade destes atletas, “a vários níveis”.

“São um momento em que, como atletas, e como qualquer atleta, há um esforço muito grande de superação, de superação de limites, de recordes, de superação pessoal, e é um momento privilegiado para mostrar ao mundo que as pessoas com deficiência são muito capazes de muitas coisas extraordinárias”, disse Carmo Diniz, esta quinta-feira, à Agência ECCLESIA.

Os Jogos Paralímpicos de 2024 reúnem, de 29 de agosto a 8 de setembro, mais de 4400 atletas, com deficiência intelectual, motora, visual ou paralisia cerebral, em representação de 167 países, além de uma equipa de refugiados.

Portugal participa com 27 atletas, pessoas que “têm uma dimensão corporal e uma dimensão espiritual”, recorda Carmo Diniz.

A responsável pelo SPPD da Conferência Episcopal Portuguesa observa que, em qualquer atleta, a dimensão espiritual está presente e é muito importante, porque “ajuda e contribui para a sua prestação”.

Os Jogos Paralímpicos realizam-se após os Jogos Olímpicos de verão, que decorreram também na capital francesa, mas, para a entrevistada, “num mundo ideal, os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos também se organizariam em conjunto”.

“Não que os atletas possam competir entre si, porque isso não é justo, mas em conjunto, em festa, em festa de desporto; porque não ser um desporto todos juntos”, explicou.

O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC) pediu que estes jogos 2024 desencadeiem uma “revolução de inclusão” e que o desporto seja “a cola social” que une o mundo, na cerimónia de abertura, na Praça da Concórdia.

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