…E o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem.
São estes os tempos em que vivemos num contexto de novas descobertas envoltas em experiências e incertezas.
No atual contexto nacional tentamos prever “os próximos” acontecimentos, seja ao nível económico, político, social ou cultural.
Negoceia-se o orçamento para o próximo ano, fazem-se experiências para definir os apoios à economia, alargam-se as moratórias para adiar as dificuldades económicas das famílias, tentam-se lançar modelos alternativos para o início do ano letivo, proíbem-se os jogos de futebol com público, mas autorizam-se alguns espetáculos, públicos, apinhados de gente…
A Europa “anda ás voltas” com os índices elevados do “rating” de contaminação pelo COVID-19 mas as políticas de combate não têm merecido uma política concertada a nível europeu.
Cada país, ou mesmo cada estado, decide o que proíbe, quais a medidas de proteção a serem cumpridas nos espaços públicos, quais os critérios para o início das aulas e outras tantas medidas ou limitações a serem impostas à sociedade.
Desde Março de 2020 muito se evoluiu no que respeita a um melhor conhecimento deste maldito vírus, mas a realidade é que as incertezas relativamente ao que será “ o mais correto, eficaz e assertivo” irão pairar sobre nós por algum tempo.
É neste contexto que se a incerteza perguntar à incerteza quanto tempo a incerteza irá ter… a incerteza responderá que irá ter o tempo que a incerteza tiver…
Mas algo manteve-se inalterado desde o início desta pandemia.
Refiro-me à responsabilidade de cada um de nós em cumprir com as regras e os comportamentos sociais adequados a evitar a propagação do vírus; tudo a par de uma grande capacidade de resiliência para enfrentar o “novo normal” ajustando-lhe o nosso quotidiano familiar e profissional.