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NATO diz que eleições russas foram uma fraude

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta segunda-feira que as eleições presidenciais russas, ganhas por larga margem pelo atual chefe do Kremlin, Vladimir Putin, não foram livres nem justas.

“As eleições na Rússia não foram nem justas nem livres”, afirmou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa conjunta em Tbilissi com o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobajidze, no âmbito da sua visita aos três países do Cáucaso do Sul.

Na véspera das eleições, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) afirmou que para haver eleições livres e justas seria necessário haver concorrência, listas diferentes, um debate aberto e uma imprensa livre e independente.

“Mas não há imprensa livre e independente na Rússia”, frisou.

A Comissão Eleitoral Central da Rússia informou que, com quase 100% de todos os distritos eleitorais contados, Putin obteve 87,29% dos votos, tendo quase 76 milhões de eleitores votado no Presidente russo, o maior número de votos de todos os tempos. As eleições presidenciais começaram na sexta-feira e terminaram no domingo.

Sobre o conflito na Ucrânia, Stoltenberg frisou que a Aliança Atlântica também considerou “ilegais” as eleições nas regiões ucranianas anexadas por Moscovo, como Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

Putin denunciou na véspera que os soldados da NATO já estão a combater na Ucrânia e a morrer “em grande número”.

Stoltenberg aproveitou a ocasião para considerar que são “absolutamente ilegais” as ações da Rússia na Ucrânia e nas repúblicas georgianas separatistas da Abcásia e da Ossétia do Sul, cuja independência foi reconhecida por Moscovo em 2008.

“A Geórgia é um dos parceiros mais próximos da NATO, apoiamos a soberania e a integridade territorial da Geórgia. A Ossétia do Sul e a Abcásia fazem parte da Geórgia”, acrescentou.

Stoltenberg sublinhou ainda a validade da Cimeira da NATO de Bucareste, realizada em 2002, que abriu a porta à possibilidade de a Geórgia vir a integrar a Aliança Atlântica.

“A Rússia está a seguir uma política imperialista”, afirmou, sublinhando a importância de aumentar o apoio à Ucrânia, que enfrenta atualmente uma situação difícil no campo de batalha face ao avanço das forças russas.

Stoltenberg acrescentou que, com o chefe do Governo da Geórgia analisou hoje as questões de segurança do Mar Negro.

“Esta é uma questão que diz respeito tanto à Geórgia como à NATO. Com o nosso apoio, a Ucrânia está a atacar a frota russa no Mar Negro”, concluiu.

Stoltenberg chegou hoje à Geórgia, vindo do Azerbaijão, no âmbito de uma digressão ao Cáucaso do Sul para se encontrar com Kobajidze e com a Presidente Salome Zurabishvili.

A visita do secretário-geral da NATO termina na terça-feira na Arménia.

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