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Ministra elogia militares portugueses nas missões de paz

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A ministra da Defesa Nacional destacou esta semana que a presença militar de Portugal em missões de paz em diversos contextos internacionais é distintiva e caracteriza-se por uma atitude de grande respeito e capacidade de comunicação.

Esta tarde, numa conferência no Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra intitulada “Da Bósnia à República Centro Africana: que futuro para as missões de paz?”, Helena Carreiras disse que os dispositivos militares portugueses são reconhecidos pela “boa formação e eficácia” no seu trabalho.

“Nas suas missões, associam à competência e muito boa formação, uma atitude de grande respeito, reciprocidade e capacidade de comunicação, sem arrogância e com grande envolvimento”, sublinhou a governante.

Salientando a “notável” presença lusitana em vários cenários bélicos do planeta por serem “muito efetivos e dissuasores na proteção das populações”, a titular da pasta da Defesa Nacional vincou que a participação militar portuguesa “é muito valorizada e definidora”.

Segundo Helena Carreiras, a partir de meados dos anos 90 as missões passaram a conduzir a “política externa e de defesa” nacional e desde aí Portugal tem tido uma presença “mais ou menos constante” em vários cenários mundiais.

A participação nas missões de paz na Bósnia Herzegovina, na zona dos Balcãs, a meio da década de 90, “num momento crítico e transformador, veio produzir mudanças profundas nas Forças Armadas a todos os níveis”, considerou a ministra.

AS Forças Armadas, que atualmente participam em missões das Nações Unidas e da NATO na República Centro Africana, Moçambique e Roménia, têm sido “contribuintes para a segurança internacional e coprodutoras de segurança interna”.

No debate que se seguiu, Helena Carreiras reconheceu a necessidade de Portugal aumentar o orçamento da Defesa, que cresceu 10% em 2024 relativamente ao ano anterior, e a prioridade de promover a operacionalização dos meios militares nacionais.

“Há um grande esforço para a modernização dos meios que temos”, sublinhou a governante, referindo que a Europa enfrenta dinâmicas de economia de guerra “em que é tudo muito rápido”.

A ministra da Defesa Nacional sustentou que Portugal precisa de investir mais nas capacidades de defesa e que esse investimento em segurança “tem de ser mais acelerado”, mas que essa questão será um dos desafios do próximo Governo, que sair das eleições legislativas de 10 de março.

Helena Carreiras frisou ainda que a Europa tem de fazer mais a nível militar e que é “vital” continuar a apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia, “cujas ambições imperiais são por demais evidentes”.

“A Europa tem de reforçar a sua independência estratégia e apoiar mais a Ucrânia, onde começam as nossas fronteiras”, enfatizou a ex-diretora do Instituto da Defesa Nacional.

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