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Já está em funções o novo embaixador de Portugal na Guiné-Bissau

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Portugal acompanha a situação política na Guiné-Bissau com um olhar atento, mas com o distanciamento necessário, disse o novo embaixador de Portugal em Bissau.

Miguel Cruz Silvestre substitui José Caroço e entregou as cartas credencias ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a quem apresentou “os votos mais calorosos do Presidente” português e a disponibilidade para continuar a “parceria entre iguais no pleno respeito pela soberania de cada Estado”.

O diplomata assume o cargo numa altura em que o parlamento guineense foi dissolvido pelo Presidente Sissoco Embaló que substitui o Governo da maioria PAI – Terra Ranka por um executivo de iniciativa presidencial e ainda não marcou a data de novas eleições legislativas.

No final do encontro com o chefe de Estado da Guiné-Bissau, o novo embaixador português falou com os jornalistas e disse que Portugal continua “a acompanhar o desenvolvimento da situação”, com o “distanciamento que é necessário, mas também com um olhar atento de um país irmão no quadro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)”.

“A Guiné-Bissau é um país independente e soberano, nós temos muita consciência de que quaisquer questões da vida politica ou social guineense serão tratadas e resolvidas dentro do quadro institucional que é o da Guiné-Bissau, no quadro do diálogo que as forças políticas são chamadas”, declarou.

O embaixador expressou a disponibilidade da diplomacia portuguesa de continuar o trabalho conjunto para a promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo da Guiné-Bissau.

Referiu-se, também aos que “vivem e trabalham em ambos os países”, concretamente a comunidade portuguesa que procurou acolhimento na Guiné-Bissau, “que contribui para o desenvolvimento deste país e está muito bem integrada”, assim como a “comunidade guineense que vive e trabalha em Portugal, que é bem acolhida e que faz parte integrante do tecido social” português.

Miguel Cruz Silvestre prometeu dar atenção às solicitações, sugestões que os utentes queiram fazer chegar à embaixada portuguesa, para procurar novas soluções.

O novo embaixador quer também fazer um balanço intercalar do Programa Estratégico de Cooperação (PEC) entre a Guiné-Bissau e Portugal, que iniciou em 2021 e termina em 2025.

O propósito é “saber se aquelas que são as iniciativas de cooperação e aquelas que são as áreas que foram identificadas como prioritárias pelas autoridades guineenses continuam a ser atuais” ou se é necessário reforçar alguns dos aspetos.

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