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França consegue resultado histórico no dia do golo 300 de Mbappé

Países Baixos, Roménia e Suíça integraram este sábado o elenco de finalistas do Euro2024 de futebol, numa noite em que a França estabeleceu o maior êxito da história em fases de apuramento europeias, ao golear Gibraltar por 14-0.

Um golo solitário de Wout Weghorst (12 minutos) bastou para os neerlandeses vencerem na receção à República da Irlanda (1-0) e selarem o segundo lugar do Grupo B, com 15 pontos, mais três em relação à Grécia, campeã continental em 2004 e terceira colocada, que folgou nesta nona e penúltima jornada e acabou por ser relegada para os play-offs.

Vencedores em 1988, os Países Baixos apuraram-se pela 11.ª vez, e segunda seguida, para uma fase final, da qual estão de fora os irlandeses, quartos colocados, com seis, e Gibraltar, quinto e último, sem pontos e com um diferencial negativo de 0-35 em tentos.

No topo da ‘poule’, com 21 pontos, continua a França, que preservou o pleno de vitórias numa histórica receção aos gibraltinos, em Nice, com sete golos em cada parte e vários registos marcantes no currículo dos campeões continentais em 1984 e 2000.

Ethan Santos (03), que marcou na própria baliza e foi expulso (18), Marcus Thuram (04), Warren Zaïre-Emery (16), Kylian Mbappé (30, 74 e 82), Jonathan Clauss (34), Kingsley Coman (36 e 65), Youssouf Fofana (37), Adrien Rabiot (63), Ousmane Dembélé (73) e Olivier Giroud (89 e 90+1) rubricaram a maior vitória de sempre dos ‘bleus’, que bateram recordes do género em qualificações para Europeus (13-0 da Alemanha em São Marino, em 2006) e no acesso à edição de 2024 (9-0 de Portugal ao Luxemburgo, em setembro).

Com três golos e outras tantas assistências acumuladas face a Gibraltar, Kylian Mbappé ascendeu ao pódio dos melhores marcadores de sempre dos vice-campeões mundiais e passou a somar 46 remates certeiros, mais dois do que Antoine Griezmann, que foi titular e assistiu para o primeiro tento de Olivier Giroud, máximo ‘artilheiro’ da seleção, com 56.

O avançado do Paris Saint-Germain, de 24 anos, chegou aos 300 golos na sua carreira, entre clubes – 27 com o Mónaco e 227 ao serviço dos bicampeões gauleses – e seleção.

Zaïre-Emery, de 17 anos, oito meses e 10 dias e que também alinha no clube parisiense, tornou-se o mais jovem a jogar e a marcar pela França desde a I Guerra Mundial – que se desenrolou entre 1914 e 1918 -, num duelo em que saiu lesionado logo aos 20 minutos.

Roménia e Suíça também festejaram a qualificação no sábado e juntaram-se à anfitriã Alemanha, Portugal, Albânia, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Escócia, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Inglaterra, Países Baixos e Turquia na fase final da 17.ª edição da maior competição europeia de seleções, que irá decorrer de 14 de junho e 14 de julho de 2024.

Em Felcsút, na Hungria, devido à guerra na Faixa de Gaza, os romenos deram a volta ao tento prematuro de Eran Zahavi (02 minutos) por George Puscas (10) e Ianis Hagi (63) e terminaram em inferioridade numérica, face à expulsão do suplente Valentin Mihaila (84).

A Roménia logrou a sexta presença em Europeus e entra na última jornada no primeiro lugar, com 19 pontos, contra 12 de Israel, terceiro classificado, que teve o defesa luso-israelita Miguel Vítor a tempo inteiro e ‘tombou’ para os play-offs.

Igual número de participações tem a Suíça, cuja terceira fase final seguida foi confirmada com um empate na receção ao Kosovo (1-1), que implicou a eliminação dos forasteiros.

Num duelo arbitrado pelo português António Nobre, Ruben Vargas (47 minutos) adiantou os helvéticos no marcador, mas Muhamet Hyseni (82) igualou, cenário suficiente para a Suíça descer ao segundo posto, com 17, seis sobre os kosovares, quartos classificados.

Horas antes, numa partida entre seleções sem hipóteses de qualificação, a Bielorrússia venceu tangencialmente na receção à Andorra (1-0), com um golo de Denis Laptev (83 minutos), e cimentou o quinto lugar, com nove pontos, contra dois do lanterna-vermelha.

Os resultados da noite conduziram à eliminação da Noruega, terceira colocada do Grupo A, atrás de Espanha e Escócia, que vai continuar ausente dos grandes torneios desde o Euro2000, apesar de possuir uma das melhores gerações da sua história, liderada pelo avançado Erling Haaland, melhor marcador da Liga inglesa e da Liga dos Campeões na época anterior e recentemente eleito como segundo melhor futebolista na Bola de Ouro.

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