Os pais da jovem portuguesa da Suíça que morreu no Hospital de Cascais há quase dois anos, menos de 24 horas depois de ter dado entrada nas Urgências, criticam a falta de resposta da Justiça portuguesa sobre o caso.
A família de Bárbara Barata Baptista – que morreu dia 19 de agosto de 2017 – apresentou queixa-crime no Departamento de Investigação e Ação Penal de Cascais e uma reclamação no hospital. Os pais da jovem e que tinha celebrado 18 anos no mês anterior – denunciam falta de informação quase dois anos depois.
“Fizemos queixa e nunca fomos ouvidos. O hospital não nos disse nada”, contou José Baptista ao Correio da Manhã, acrescentando que “custou muito” obter o relatório clínico da filha.
Os pais da jovem pediram o processo em agosto de 2017 ou seja logo a seguir à morte da filha, mas só foi enviado um ano depois pelo hospital, após a aprovação da Comissão Nacional de Proteção de Dados.
Bárbara Barata Batista, de 18 anos, estava de férias com os pais, portugueses a viverem na Suíça, quando começou a sentir-se doente. Deu entrada no Hospital de Cascais com febre e um dia depois os pais recebiam a notícia de que a jovem tinha falecido.
Cerca de duas horas depois, após ser observada e ser sujeita a diversos exames (raio-x, análises, ecografia), Bárbara foi transferida para uma área mais prioritária. Pela meia-noite, soube que teria que ficar internada, depois de ser diagnosticada com uma mononucleose, também conhecida como doença do beijo, infeção que se caracteriza por febres altas e inflamação da garganta.
No dia seguinte, a jovem foi transferida para os cuidados intensivos e às 12h30 o óbito foi declarado.