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Casa Pia faz história e Benfica volta a perder

© lusa

O Casa Pia impôs ao Benfica a terceira derrota nos últimos quatro jogos, por 3-1, com direito a reviravolta, e arrebatou a primeira vitória de sempre sobre as ‘águias’ no principal escalão português de futebol.

Em partida referente à 19.ª jornada da I Liga, disputada no Estádio Municipal de Rio Maior, Di María até adiantou o Benfica, na conversão de um penálti, aos 14 minutos, mas Cassiano, aos 32, e Nuno Moreira, já aos 60, operaram a reviravolta – a segunda que os ‘encarnados’ sofrem em apenas quatro dias, após o desaire com o FC Barcelona -, que ficaria sentenciada através do golo de Jérémy Livolant já em período de compensação.

Com este resultado, o conjunto de Bruno Lage permanece provisoriamente na segunda posição, com 41 pontos, mas pode ver o Sporting, que hoje recebe o Nacional às 20:30, aumentar a diferença na frente do campeonato. Já o Casa Pia, que soma o sétimo jogo consecutivo a pontuar, dos quais cinco vitórias e dois empates, continua em sexto lugar, agora com 30 pontos. 

Na ‘ressaca’ da derrota tardia diante do FC Barcelona, na Liga dos Campeões, a equipa liderada por Bruno Lage entrou determinada em dar a melhor resposta no campeonato, em vésperas de novo duelo europeu, com a Juventus, na derradeira jornada da fase de liga da ‘Champions’.

E, para isso, Lage fez regressar à titularidade Bah, Di María e Leandro Barreiro para os lugares de Tomás Araújo, Schjelderup e Aursnes, respetivamente, surpreendendo ainda com a aposta em Arthur Cabral, em detrimento de Pavlidis, que apontou um ‘hat-trick’ diante dos catalães.

Do outro lado, surgiu um Casa Pia motivado pelo registo de quatro triunfos e dois empates nas últimas seis jornadas e que não perde em casa desde 24 de agosto, quando foi derrotado pelo Santa Clara (0-2), à terceira ronda. Desde então, a formação de João Pereira fez do Estádio Municipal de Rio Maior, ‘casa’ emprestada, uma fortaleza, pontuando em todos jogos, já lá vão cinco meses.

lusa

O primeiro sinal de perigo do encontro foi dado por Arthur Cabral, que, à entrada da área, obrigou Patrick Sequeira à primeira defesa apertada logo aos dois minutos.

Quatro minutos volvidos e o avançado brasileiro, decisivo na última visita das ‘águias’ a Rio Maior, voltou a ameaçar o primeiro golo do encontro, valendo novamente o guarda-redes dos ‘gansos’.

Contudo, aos 12, Duplexe Tchamba não se apercebeu da aproximação de Leandro Barreiro, cometendo uma grande penalidade que Di María se encarregou de converter, enganando Patrick Sequeira e chegando aos sete golos no campeonato.

Foi preciso esperar 10 minutos para se verificar novo lance de maior perigo, com Di María a recuperar a bola em zona avançada e a entregar a Aktürkoglu que, ainda fora da área, ‘disparou’ à barra.

Quem não marca, sofre, e foi mesmo o que aconteceu aos 32: Beni Mukendi intercetou um mau passe de António Silva em zona recuada e a bola sobrou para Cassiano que, sem perder tempo, atirou rasteiro para o sexto golo no campeonato.

O tento acabaria por mudar completamente o rumo dos acontecimentos, fez crescer o conjunto ‘casapiano’ e deixou o Benfica mais pressionado.

Pouco depois do golo da igualdade, Otamendi cometeu falta sobre Nuno Moreira, o árbitro António Nobre ainda assinalou grande penalidade, mas, alertado pelo vídeoárbitro, acabaria por reverter a decisão e marcar falta fora da área. Isto, instantes antes de Patrick Sequeira ‘voar’ para defender um excelente remate de Kökçü.

Na etapa complementar, o Casa Pia foi o primeiro a ameaçar acabaria mesmo por completar a reviravolta: aos 59, Larrazabal ganhou no duelo com Álvaro Carreras, correu em direção à área das ‘águias’ e fez um cruzamento atrasado para Nuno Moreira, que atirou para o fundo das redes.

Sem ideias, o Benfica foi evidenciando claras dificuldades em reentrar na discussão do encontro, sendo que Lage ainda juntou Pavlidis e Arthur Cabral na frente de ataque, mas a dupla não conseguiu desfeitear a boa organização defensiva dos ‘gansos’, que revelaram sempre muita segurança no controlo da vantagem.

E nem a estreia do médio Manu Silva, contratado ao Vitória de Guimarães neste ‘defeso’, evitou novo desaire ‘encarnado’.

Já no tempo de compensação, Jérémy Livolant apanhou a equipa do Benfica bastante descompensada em zona recuada e, após assistência de Max Svensson, sentenciou o encontro, aplicando mais um ‘duro golpe’ ao Benfica, que saiu de campo assobiado pelos adeptos.

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