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Aos meus caros compatriotas

O editor deste magnífico jornal on-line para as comunidades portuguesas, com especial incidência na Europa, teve a gentileza de convidar este modesto escriba para partilhar opiniões e ideias que possam ter valor para os ilustres leitores. Felizmente não me exige uma regularidade periódica, caso contrário não teria possibilidade de honrar o convite, e trocar ideias convosco, caros leitores do BOM DIA.

Já dou um contributo regular no jornal Vida Económica e na revista online Executiva.pt, e ainda mais alguns contributos soltos para jornais do interior de Portugal, e procuro que os texto que partilho sejam não só originais, como o mais ajustados possível ao universo de leitores a quem vão dirigidos.

Aquilo que faço também ao iniciar uma colaboração com um Órgão de Comunicação Social (pro bono sempre) é apresentar-me e deixar um contacto de e-mail para quem quiser trocar ideias, mandar-me “hate mail”, etc. (🤣). Sempre fui partidário da transparência, e nunca ao longo da minha vida me escondi atrás de pseudónimos ou do anonimato. Assim já ficam a saber, encontram-me no .

Fui emigrante durante 25 anos. Saí de Portugal em 1978. Um ano antes de sair, Portugal requereu ao Fundo Monetário Internacional (vulgo FMI) que viesse salvar Portugal da bancarrota. Nós gostamos de dar nomes pomposos aos milhentos planos e programas que desenhamos para resolver berbicachos, crises e problemas, em vez de planear e prevenir. As amargas medidas de austeridade que fomos obrigados a engolir naquela altura, para que o FMI nos desse a assistência financeira que precisávamos para pagar salários na Administração Pública, e as pensões de reforma aos nossos velhinhos, chamava-se pomposamente o “stand-by programme”, que esteve ativo em 1977 e 1978.

Foi a primeira de várias intervenções do FMI. Somos uns inveterados e eternos pedintes de ajuda externa, por gerirmos mal os dinheiros públicos, e por permitirmos que a corrupção produza uma terrível corrosão na sociedade portuguesa e nas Finanças Públicas. Como estarão lembrados a última intervenção externa de assistência financeira foi a da famigerada “Troika” (Banco Central Europeu -BCE, FMI, e Comissão Europeia – CE), quando José Sócrates nos levou a um ponto em que, novamente, já não tínhamos dinheiro para pagar salários na Administração Pública, nem as pensões de reforma aos nossos reformados…

Bom, na altura em que saí, mesmo tendo na mão “um canudo”, não havia emprego compatível para um jovem de 23 anos, com a cabeça cheia de (saudáveis) ambições, e uma indómita vontade de vencer na vida. Aceitei uma proposta para ir trabalhar para a Alemanha (fui fazer formação profissional na empresa em Colónia), e ao fim de um ano estava em Madrid, com responsabilidades por Portugal e Espanha na minha área. De Espanha, ao fim de 5 anos, fui para o México, como Diretor para a América Latina, do México para o Brasil (onde nasceu a minha avó paterna), do Brasil novamente para o México por mais 4 anos, e depois ainda estive a trabalhar na Suíça e na Venezuela, antes de regressar a Portugal em 2003 para gerir os destinos de uma companhia de seguros que estava a passar um mau bocado, e foi comprada pelo meu patrão (uma multinacional americana).

Como devem entender, depois de viver 25 anos no estrangeiro, tanto em países com grandes comunidades lusófonas (Venezuela, Brasil, Suíça), como noutros em que quase não existem cidadãos portugueses (éramos pouco mais de 80 no México em 1985, um país que nessa altura tinha uns 90 milhões de habitantes…), não só entendo bem aquilo que é importante para as nossas comunidades, como fiz grandes e profundas amizades, que ainda cultivo e preservo, nos países por onde passei.

Espero que possa em futuras ocasiões partilhar convosco textos, opiniões e ideias que vos interessem, e se algum leitor tem algo que sugerir, não hesite. Nunca deixo uma mensagem sem resposta!

Por hoje ficamos por aqui, para não vos impedir de lerem os outros conteúdos.

Um forte abraço de Vila Nova de Gaia, a terra onde nasci.

José António de Sousa

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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