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AICEP quer trabalhar mais com câmaras de comércio e associações portuguesas

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A próxima administração da AICEP vai focar-se em preparar as empresas para as novas “exigências do mundo da exportação”, como a certificação ambiental e as responsabilidades sociais, afirmou o secretário de Estado da Internacionalização.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à comitiva de 33 empresas portuguesas que, até quarta-feira, participam na feira de calçado MICAM, em Milão, o governante referiu que, paralelamente, será também reforçada “a capacidade da AICEP de trabalhar com as câmaras de comércio portuguesas espalhadas pelo mundo, com as associações e com as confederações empresariais”.

“A preocupação nova que temos neste Conselho de Administração [da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP) é preparar as empresas, nomeadamente as PME [pequenas e médias empresas], para um conjunto de exigências que agora fazem parte do mundo da exportação, nomeadamente a certificação ambiental, responsabilidades sociais e continuar o esforço de diversificação de mercados e de reforço e colaboração entre as empresas”, avançou Bernardo Ivo Cruz.

Questionado sobre o processo de mudança na administração da agência – o atual presidente, Luís Castro Henriques, vai deixar a liderança do organismo público, sendo Filipe Costa, até agora à frente da AICEP Global Parques, o nome avançado para o substituir –, o secretário de Estado referiu que, conforme previsto nos regulamentos, “o próximo Conselho de Administração entrará em funções quando o atual apresentar as suas contas, até ao final de março”.

Segundo acrescentou, o nome de Filipe Costa ainda não recebeu luz verde da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap).

Bernardo Ivo Cruz destacou também a importância de as empresas manterem a aposta – já patente no programa Internacionalizar 2030 – não só no reforço da presença nos mercados onde já atuam, mas também em “encontrar novos mercados e diversificar o risco”.

“Estamos a trabalhar com as empresas para permitir que haja abertura de outros mercados, reconhecimento de outros mercados que permitam diversificar o risco e para ter mais oportunidades de exportação, para não estarmos concentrados só em alguns mercados que possam eventualmente ter mais dificuldades neste ano”, salientou.

De acordo com o governante, este trabalho está a ser feito pela AICEP não só “com cada empresa em particular”, mas “também com conjuntos de empresas, porque é importante que as empresas portuguesas possam ajudarem-se umas às outras e possam reforçar a sua capacidade de internacionalização, repartindo o risco e repartindo do lucro desse exercício”.

“A maior parte das nossas empresas exportadoras são PME e, portanto, quanto mais pudermos trabalhar em conjunto nos ‘clusters’ e nas linhas e na cadeias de fornecedores, mais fortes elas serão e mais capacidade terão para enfrentar esses riscos”, considerou.

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