Silêncio agora irá borbulhar a inspiração,
E cada minuto e hora preencherá cada vazio,
Moldo a palavra, jogo o tédio na fogueira,
Silêncio à minha maneira, brota o amor e a paixão.
Derramo no papel um ímpeto poético sempre a fio
Em pequenino nunca aprendi a estar em sossego
Mas hoje o silêncio é sagrado, e a meditação é um brio
Escrever poesia em silencio dá mais apego.
Quando escrevo em silêncio eu nunca esperneio
Quanto mais escrevo mais penetro em mim
E me vejo num poema que ainda não inventei
E eu nem sei se inventarei algum poema assim.
Talvez saia um poema como nunca eu imaginei.
Quanto mais escrevo menos me embaralho no soneto
Na sextilha, nas quadras, e exclame: eu sempre amei
Cada rima com muita alegria, empatia, e muito afeto.
José Valgode