O Presidente do Conselho Europeu António Costa já nomeou como chefes do seu gabinete Pedro Lourtie e David Oppenheimer.
Dos 707 representantes eleitos no Parlamento 401 votaram na candidata alemã para um novo mandato de cinco anos! 284 parlamentares votaram contra e houve 15 abstenções. Deste modo a UE demonstrou unidade e uma certa legitimação para continuar a sua política adversária em relação aos seus declarados concorrentes Rússia, China e republicanos dos EUA…
Pode-se dizer que o poder continua propriamente como antes nas mãos do PPE – grupo popular europeu (democratas cristãos) e do S&D – Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu com o apoio dos Verdes/ALE – Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia. A coligação informal acordou antecipadamente a distribuição dos cargos de topo entre si. O centro-esquerda e o centro-direita continuam a determinar o futuro da Europa…
O pacote de postos mais influentes, além da Presidente da Comissão (Von der Leyen) são o de Presidente do Conselho Europeu (António Costa) que tomará posse a 1 de Dezembro e já nomeou como chefe do seu gabinete o embaixador Pedro Lourtie e como chefe do gabinete adjunto, David Oppenheimer; Costa sucede no cargo a Charles Michel ; outro cargo muito importante é o de diplomata-chefe da UE (Kaja Kallas) e o cargo de Presidente do Parlamento Europeu (Roberta Metsola).
A Mãe de 7 filhos andou na escola de Angela Merkel e por isso a sua força revela-se na sua capacidade de conversações entre os partidos do arco do poder e de estabelecer alianças no carrossel dominado pela Alemanha e a França, mas onde os interesses vão da Finlandia (e países bálticos) a Portugal e ao Chipre. Pelo resultado vê-se que Von der Leyen não tropeçou sobre os duvidosos acordos secretos de vacinas contra o coronavírus que ela concluiu com gigantes farmacêuticos como a Pfizer!
A fundadora do partido, Sahra Wagenknecht disse: “O BSW votou contra Ursula von der Leyen e… a UE enterrou definitivamente a ideia de um projecto de paz”; Wagenknecht criticou o facto de Von der Leyen apoiar militarmente a Ucrânia e não ter criticado suficientemente a guerra na Faixa de Gaza; atacou também o “Acordo Verde” que coloca “um machado na prosperidade das pessoas, especialmente na Alemanha”.