A Volkswagen revelou esta semana que o lucro no primeiro trimestre deste ano teve uma queda homóloga de 29,9%, para 4,7 mil milhões de euros, devido a um efeito contabilístico, apesar das vendas e das receitas do grupo terem aumentado.
Este efeito contabilístico está ligado às operações de cobertura de matérias-primas que tinham “inflacionado fortemente” o resultado operacional no ano passado, esclareceu o fabricante automóvel alemão em comunicado.
As vendas do segundo maior fabricante de automóveis do mundo aumentaram 22% no primeiro trimestre deste ano, para 76 mil milhões de euros, face a igual período do ano anterior, impulsionadas pela recuperação das vendas na Europa e na América do Norte, justificou a Volkswagen, que confirmou os seus objetivos para o final deste ano.
O número total de veículos vendidos em todo o mundo, por sua vez, teve um aumento homólogo de 7,5% no primeiro trimestre, adiantou.
“Com este desempenho sólido e uma carteira de encomendas de 1,8 milhões de veículos no final do primeiro trimestre, confirmamos as nossas previsões para o exercício de 2023”, disse o administrador Financeiro do grupo empresarial alemão, Arno Antlitz, na nota divulgada.
Em termos de geografias, as entregas de veículos na China, o principal mercado da Volkswagen, caíram 14,5% no período em análise, embora o grupo tenha dito que está “convencido” de que as vendas nesta região “vão recuperar durante o ano, graças à expansão da gama de modelos e da tecnologia específica para este mercado”.
As vendas da Volkswagen garantiram ao grupo uma forte posição no mercado automóvel chinês até 2022, com uma quota de mercado de 16%, em todos os grupos tipos de veículos e motorizações.
Mas o ‘boom dos carros elétricos na China, onde o mercado é dominado por fabricantes locais como a BYD, está a fazer com que o construtor alemão perca a força que vinha a ter.