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Viagem a Brunni-Haggenegg, Mythenregion Schwyz e Einsiedeln 

Como sabem, tenho milhares de seguidores, nas várias plataformas sociais, onde escrevo um pouco de tudo e a prova são os meus vários livros, agora a concluir outro livro, num trabalho de memórias e pesquisa como historiador, e também a diversidade de escritos na revista repórter X, nomeadamente o relato das minhas VIAGENS na nossa revista e no Jornal Bom Dia, muito apreciados.

Hoje, vou deixar aqui uma pontinha do véu; a viagem à neve com Ski e escorrega-escorrega, no gélido manto branco, lá para riba: Brunni-Haggenegg, Mythenregion Schwyz, na zona além de Einsiedeln.

“O Cantão de Schwyz (ou Schwytz) é um cantão da Suíça, situado no centro do país, entre os Alpes ao sul, o lago Lucerna a leste e o lago de Zurique no Norte, e está centrado em torno da cidade que lhe deu o nome, Schwyz. É um dos cantões fundadores da Suíça; o nome da Suíça, em alemão, “Schweiz”, é derivado do nome do cantão, e a bandeira da Suíça deriva do seu brasão. A carta do Pacto Federal está em exposição em Schwyz. A nordeste da cidade de Schwyz, está a mundialmente famosa abadia de Einsiedeln.”

Publiquei, na rede social, a seguinte frase e uma imagem alusiva ao local: 

“Fui a Einsiedeln e não vi a Santa Negra”. 

Pois bem, a história que aqui transcrevo, para os meus 2 jornais de eleição, começa pela visita em família ao alto daqueles Alpes, na encosta de Einsiedeln, na qual usamos fatos, gorros, luvas, cachecóis e botas, para nos agasalharmos e arrastarmos na neve, em cima da prancha ou, se quiserem, trenó ou snowboard de neve, além da merenda num restaurante local, tradicional suíço. Isto, depois de termos feito uma bela refeição de almoço, em casa, e sairmos tranquilos para o desafio.

Eis o melhor e o pior da história, além do frio, que se aguentava bem, porque o vento estava sossegado, além do écran do automóvel registar menos 3 graus negativos. Como sabem, a Suíça tem sempre temperaturas negativas no Inverno e, se o vento soprar, até a barba te leva; se o vento não soprar e tivermos movimentos com as devidas roupas quentes está-se bem!

A história da bateria do automóvel foi um quebra-cabeças, pois ao chegarmos ao destino, verificamos que a bateria do carro Eléctrico tinha apenas 33% de carregamento, logo fizemos as contas fáceis de fazer, a subtrair 33% para 100%, dava 67% de bateria gasta, logo não dava para regressar sem carregar a bateria do ‘begueiro’ que nos transportou. 

Porra! Nada de stress e lá nos divertimos imenso, entre uns arrastos nas sintéticas pranchas de plástico, umas cambalhotas, risos, conversas e fotografias e vídeos, para registo do momento vivido de emoção com as crianças e os graúdos que soltaram a franga, e que por certo foi o que me deu mais prazer de ter o prazer de privar alegrias pelos ‘putos’, porque começo a não ter idade para certas coisas. Até o fato apertado na barriga me cortava a respiração, mas valeu a pena.

Sinceramente, gostei muito mais encolher-me no restaurante, cercado de neve branca, que substituía a relva verde e com o deslizar e saltitar da água límpida da ribeira, que corria encosta abaixo, de pedra em pedrinha e que irá desaguar ao Lago dos 4 Cantões. 

Desafogámos as emoções, saciamos a fome e a sede com diversos alimentos; eu comi a tradicional Cervelat suíça com pão serrano e a minha imperial/ cerveja e uma batatinha quente crocante. Dali visualizamos melhor os esquiadores, que subiam nas plataformas de cordas de aço de Ski, que os levava ao topo, que a vista não alcançava e de lá vinham embalados, penso, que em adrenalina e entusiasmo, com ritmos cardíacos acelerados, pelo menos para os menos experientes e mais corajosos. Havia ainda o teleférico e a pista de gelo de aprendizagem para crianças. O estacionamento para os automóveis é também ali um negócio; além dos restaurantes e hotéis, entre outros. Ali havia pequenas casinhas, embrulhadas na neve, que as tapava até às janelas. Deslumbrante.

GEOGRAFIA

“O cantão de Schwyz está localizado na Suíça central. Os rios Sihl e Muota atravessam o cantão. Quase três quartos da área total são considerados terra produtiva. A maior parte da terra é de colinas e não montanhosa, fazendo-a adequada à agricultura. Das terras produtivas, cerca de 240 km² são de florestas. Os lagos ocupam 65 km². Esta área é composta de partes do lago de Zurique e do lago Lucerna. Apenas uma pequena parte do lago de Zug está dentro do cantão de Schwyz. Os pequenos lagos Lauerz (Lauerzersee) e Sihl (Sihlsee); no entanto, estão completamente dentro do cantão de Schwyz. O ponto mais elevado é o Bös Fulen, a 2802 m. Embora não tão altos, os picos das montanhas Rigi (Kulm, 1798 m, e Scheidegg, 1665 m) são provavelmente as mais famosas montanhas dentro do cantão. A área do cantão é de 908 km². O cantão é um dos que partilham o Lago dos Quatro Cantões.” 

E, com um final feliz, no fim stressante, como referia no início sobre a bateria do automóvel, e antes de falar no real acontecimento, a grande porcaria, os carros a BATERIA, pois acho que estes tipos de veículos são bons e úteis para alugar e andar dentro da própria cidade, mas não para ser um automóvel próprio. Deparas-te com imensas dificuldades, quando te deslocas para longe, por diversos motivos; o primeiro podes pegar no automóvel com pouca bateria, o segundo é a bateria que mesmo carregada pode estar com problemas e gasta mais que o normal e nem te vale a pena fazeres o cálculo para a ida e a volta da viagem. O terceiro é que, no Inverno, com graus negativos de temperatura, usas o aquecimento e gasta mais bateria. O quarto, e mais penoso, é não teres onde recarregar a bateria!

Moral da história; a primeira coisa, quando saímos do restaurante foi retirar toda a tralha do corpo para nos podermos sentar cómodos dentro do carro, principalmente as calças de alças almofadadas, e arrumar as pranchas de neve. O nervosismo miudinho começa a ser expectável e com dois veículos, se um falha o outro não leva 8 pessoas a contar com a mala! Pesquisa-se no google uma plataforma física, para recarregar o carro e, sem contar, foi ter exactamente à Santa Negra. Eu que nunca lá tinha ido, porque nunca quis ir, mesmo com muitos convites que tive na altura das peregrinações a Einsiedeln, onde durante 3 décadas os portugueses fizeram romaria e que agora essa romaria lhes foi retirada pelos capelães, talvez por politiquice, discriminação, racismos ou xenofobismo!

Naquela viagem, referi mais que uma vez que gostaria de lá passar, na Santa Negra, para tirar uma FOTO; acabei por lá ir, não porque queria ir e o mais certo era não ir mesmo passando ali ao lado, mas quando há mais gente envolvida nem sempre há entendimento e o foco era ir para casa com as crianças, com sonolência. Mas o destino que muitos não acreditam, aqui funcionou e levou-me junto do Santuário da Santa Negra, que à posterior da publicação da foto do Santuário envolvente de neve, me perguntam se era a Santa (Santa negra é Sara Kali?), e outros afirmaram que a Santa Negra é a protectora dos ciganos do mundo inteiro. Ainda há quem refira (É como ir a Roma e não ver o Papa). Pois bem, não sei a origem da Santa; ouvi dizer que é uma Santa brasileira, mas não sei o que diga! Muito menos sei o nome verídico da Santa e por último não vi a Santa, porque estava já noite e as portas fechadas, mas adorei o monumento e o espaço e, pelo que vi, não me pareceu comercial, à semelhança do envolvente do Santuário de Fátima. 

Adiante; quis o destino que eu, e como disse e escrevi, “Fui a Einsiedeln e não vi a Santa Negra”. Pois não vi, mas senti e creio na devoção daqueles que são crentes e acredito no destino! Pois a Santa não fez milagre, pelo menos ali junto do Santuário, pois a plataforma física não era adaptável ao carregamento do automóvel que conduzia e toca a telefonar ao serviço de apoio. Não sei se o serviço de apoio tem gente qualificada ou os sistemas, quer de pesquisa quer de aparelhos/ plataformas físicas de carregamento de bateria, são ineficazes; o humano por não saber ajudar ou o material que dispõe não ajudar e o segundo por as ditas ‘carregadoras eléctricas’ estarem desligadas ou não e, outras não adaptáveis pela concorrência. Devo dizer que entre os 6 ou 7 dispositivos que nos indicaram ao telefone e as que procuramos, o tempo perdido, a bateria gasta a 15% e o desgaste psicológico, valeu uma tomada normal para carregar um pouco a bateria, muito lenta. Deveria ser corrente normal e não trifásica e valeu uns cafezinhos e chás quentes e ambiente quente, dentro duma bomba de gasolina. Dali, procuramos outro local, mais calmos e a primeira coisa foi tentar no serviço dum comercial de automóveis, e mais uma vez não funcionou, enquanto outra pessoa pede ajuda na estação de serviço ao lado e a Fulana não deixou carregar na ficha que possuía, por medo de perder o emprego, pois não tinha permissão. Por fim, a SANTA NEGRA DEU-NOS UMA LUZ; fomos ter a outra relíquia/ carregador de bateria, que também não funcionou. Porra! Enquanto isso, outra pessoa vai a uma outra oficina, que tinha alguém dentro, e a luz chegou. Mandou-nos descer à garagem livre, debaixo daquele estabelecimento e ali finalmente encontramos o dispositivo correcto, acertado, compatível. Obrigado Santa Negra…!

Estivemos ali uns bons 40 minutos e carregamos a bateria até 60% e chegamos em paz de Deus ao destino, que nos viu partir com grande satisfação e felizes, por tudo correr bem nesta viagem, cujo material nos atraiçoou e que vencemos. O Veículo chegou ao fim com 10% de bateria, NOSSA! Valeu desligar o aquecimento pelo caminho, senão consumia muito mais bateria e não chegávamos ao destino. Fica a ideia e deixo a dica, para não arriscarem ir para longe com veículos a bateria, e muito menos adquirir veículos a bateria. Até os aviões têm dois motores e os carros Eléctricos podiam e deviam ter uma bateria de reserva. Imaginou não carregar a bateria do carro, que o transporta, e ter de se fazer transportar noutro transporte e pagar reboque para o carro que fica inutilizado por falta de energia adaptável?!

Como se chegou tarde, reforçados na ideia de comprar uma refeição rápida e apetitosa, uns kebab´s e pizza de kebab e um tintol de vinho maduro de Bordéus, para aquecer o coração de todos.

João Quelhas

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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