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Vale do Minho: lampreia vale seis milhões de euros

A gastronomia do Vale do Minho ligada à lampreia, servida em cerca de uma centena de restaurantes ao longo dos fins de semana de fevereiro e março, representa um retorno financeiro de seis milhões de euros para a região.

Em declarações à agência Lusa o presidente da Câmara de Melgaço e líder da ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho, sublinhou que aquela iguaria “reveste-se de uma grande importância para a economia da região”, sobretudo ao nível da hotelaria e restauração.

“A celebração da lampreia durante estes meses atrai milhares de pessoas, todos os anos, aos seis municípios do Vale do Minho e representa cerca de seis milhões de euros na economia local”, afirmou o autarca socialista Manoel Batista, que falava a propósito da sétima edição da iniciativa “Lampreia do Rio Minho – Um prato de excelência”, hoje apresentada publicamente em Melgaço.

Promovida pelos seis municípios do Vale do Minho – Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira, em parceira com a ADRIMINHO, a iniciativa realiza-se desde 2010, com “o objetivo de valorizar e afirmar um dos pratos mais emblemáticos da gastronomia tradicional da região”.

“Além de celebramos a tradição esta iniciativa é um desafio à inovação que lançamos aos restaurantes aderentes para a criação de novos pratos de lampreia”, afirmou, apontando como exemplo as criações gastronómicas de alunos da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI) como o sushi, as empadas e canapés de lampreia.

A lampreia pode medir mais de um metro e pesar cerca de dois quilogramas, sendo considerada uma verdadeira iguaria da região do Minho.

A faina decorre na altura em que a espécie volta a entrar nos rios, na direção da nascente, para cumprir a fase de reprodução.

O programa da ação “Lampreia do Rio Minho – Um prato de excelência”, que pretende ainda promover a lampreia daquele rio internacional no território nacional e na vizinha Espanha, inclui diversas atividades culturais, desportos radicais, um rali da lampreia, turismo ativo e de natureza, de aventura, ações de iniciação ao mergulho e caminhadas, entre outras.

A pesca da lampreia no rio Minho, com embarcação, começou no passado dia 04 de janeiro e prolonga-se até 22 de abril. Já nas pesqueiras a faina vai começar no dia 15 fevereiro e prolongar-se até 15 maio.

A atividade decorre em cerca de 35 quilómetros daquele rio, variando em função da arte utilizada, já que pode ser feita com “lampreeiras”, a bordo de embarcações artesanais, ou com pesqueiras armadas arte denominada botirão e cabaceira (estruturas antigas, em pedra, existentes no rio).

Matriculadas na capitania do porto de Caminha, para operar no rio Minho estão, este ano, 167 pequenas embarcações.

Por se tratar de um rio internacional a estes números somam-se 118 embarcações espanholas licenciadas para a mesma pesca.

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