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Telma Monteiro: e vão seis!

A judoca portuguesa Telma Monteiro, que arrebatou esta sexta-feira a medalha de ouro na categoria de -57kg nos Europeus em Lisboa, apontou a sua força mental como o grande ‘trunfo’ que a levou a nova conquista.

Telma Monteiro venceu na final a eslovena Kaja Kajzer, por ‘ippon’, alcançando o seu sexto título continental e a 15.ª medalha em igual número de presenças, tornando-se a primeira judoca a conquistar ‘metais’ em 15 Europeus.

“Foi um dia muito duro. Deixei tudo, deixei a vida. Para alguém me ganhar, tinha de deixar a vida também. Hoje, quando acordei de manhã, senti que ia fazer história. Quando meto uma coisa na cabeça, só paro até a fazer”, afirmou aos jornalistas, na zona mista, após a cerimónia de entrega das medalhas.

A atleta de 35 anos recordou a “preparação difícil”, após lesão num ombro, o que a condicionou fisicamente, mas acabou por tornar este um “dia perfeito”, ao triunfar em solo português, um “sonho que estava adiado”, pois falhou a presença nos Europeus organizados também em Lisboa, em 2008, por lesão.

“Parece fácil, mas é extremamente difícil. Se conquistasse uma medalha de prata ou de bronze, já seria histórico. Lembro-me de estar na meia-final e pensar que mesmo se perdesse, estariam todos orgulhosos de mim. Mas, eu não quero que estejam orgulhosos, quero ganhar. Foi esse pensamento, determinação, garra e irreverência que meti até ao fim”, contou.

Telma Monteiro mediu a sua vitória em “90% de psicológico”, que considera ser a sua “grande vantagem”, avisando: “Se calhar, eram melhores que eu fisicamente, mas psicologicamente é difícil”.

Antes da final, Telma tinha vencido a experiente austríaca Sabrina Filzmoser (‘waza-ari’), duas vezes campeã europeia e 31.ª do mundo, a belga Mina Libeer (‘ippon’), 48.ª, e a kosovar Nora Gjakova, quarta e a grande favorita em Lisboa, como mais bem classificada dos -57 kg na capital portuguesa.

“Estando em casa [a combater], às vezes as emoções funcionam ao contrário, mas tentei manter a cabeça fria até ao fim. Sabia que iria haver algum momento em que tinha de lutar com o coração. Foi nas meias-finais e no primeiro combate também, que foi muito difícil para mim, saí muito cansada. Soube até onde podia ir e provei a mim mesma o quanto eu estava disposta a ser campeã da Europa hoje”, vincou.

A judoca do Benfica agradeceu e dedicou a conquista aos seus amigos e equipa, que afirma que se confundem num só, bem como à sua família e a todos os portugueses.

“Estou muito grata. Mesmo antes de ganhar, sentia gratidão e, quando nos sentimos gratos pelas pequenas coisas, conseguimos coisas ainda melhores”, frisou, deixando um desafio para o futuro: “Agora, deixo o recorde para quem o quiser bater”.

No primeiro dia dos Europeus de Lisboa, que decorrem até domingo, na Altice Arena, também o português João Crisóstomo conquistou uma medalha, de bronze, na categoria de -66kg, a sua primeira medalha em grandes competições.

#portugalpositivo

 

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