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Southport: distúrbios nas ruas na sequência da morte das meninas

© BBC

Vários polícias ficaram feridos e uma carrinha das autoridades foi incendiada durante um protesto, poucas horas depois de ter ocorrido uma vigília para recordar as vítimas do ataque que vitimou três crianças, incluindo a portuguesa Alice Aguiar.

O protesto que, segundo a polícia, foi desencadeado por membros da English Defence League, um grupo de ativistas de extrema-direita, e começou a algumas ruas do local da vigília, perto de uma mesquita em St Luke’s Road, em Southport.

A polícia de Merseyside disse que vários polícias ficaram feridos, veículos da polícia foram danificados e incendiados e uma loja foi saqueada.

O chefe assistente da polícia, Alex Goss, disse à BBC ser “monstruoso” que isto estivesse a acontecer numa comunidade “devastada” pelo ataque à faca que vitimou três crianças e deixou várias outras e adultos em estado grave.

O primeiro ministro britânico, Keir Starmer, disse no X que o povo de Southport estava “a cambalear” depois do “horror que lhes foi infligido ontem”. Acrescentou que aqueles que “sequestraram a vigília pelas vítimas com violência e banditismo” insultaram a comunidade e, por isso, “sentiriam toda a força da lei”.

Pessoas que vivem nas proximidades disseram à BBC que temeram pela sua segurança quando começaram a ver pedras a voar e a observar os polícias a retirarem para vestir equipamento de choque e pegar em escudos.

O motim começou depois de centenas de manifestantes se terem reunido perto de uma mesquita local e atacarem a sua fachada, atirando tijolos, garrafas, fogos de artifício e pedras, muitos deles com capuzes e lenços a esconderem os rostos.

Segundo a polícia, o protesto envolveu muitas pessoas “que não vivem na área de Merseyside nem se preocupam com o povo de Merseyside”.

Recorde-se que um jovem de 17 anos foi detido por suspeita de homicídio após o ataque de segunda-feira. Alex Goss considerou ainda que “tem havido muita especulação e hipóteses em torno da situação de um homem de 17 anos que está atualmente sob custódia policial, e alguns indivíduos estão a usá-la para trazer violência e desordem às nossas ruas. Já dissemos que a pessoa detida nasceu no Reino Unido e as especulações não ajudam ninguém neste momento”.

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