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Sindicato denuncia discriminação de crianças de origem portuguesa em Hamburgo

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“O novo ano letivo no EPE ainda mal começou mas estão já a notar-se as injustiças relativas aos alunos portugueses, discriminados negativamente em relação àqueles de outras nacionalidades”, afirma o Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL), em comunicado enviado ao BOM DIA.

O texto, assinado pela Secretária Geral daquele sindicato, Teresa Soares, afirma que o Camões dá tratamento preferencial aos alunos estrangeiros de língua portuguesa. “Os quatro governos sucessivos, não vêem ou não querem ver que os alunos portugueses e lusodescendentes estão a ser progressivamente afastados de um sistema de ensino que para eles foi criado, seguindo princípios constitucionais desde há anos ignorados e desprezados”, consideram o sindicato.

Uma situação de discriminação estará a acontecer em Hamburgo onde, segundo o SPCL, um grupo de 50 alunos, maioritariamente pertencendo ao primeiro ciclo, vai ter aulas à distância “porque nenhum dos responsáveis se preocupou em procurar atempadamente sala para a lecionação dos mesmos, que costumava ter lugar nas instalações da Missão Católica, instituição que desde há dois avisava que iria encerrar, o que agora sucedeu”. Os alunos terão assim ficado sem aulas porque o caso não mereceu a atenção “nem por parte do Coordenador de Ensino anterior, que esteve em funções até fevereiro deste ano, nem por parte da atual Coordenadora e muito menos por parte da docente de apoio pedagógico, de cujas funções faz parte a angariação de salas”, acusa o SPCL, salientando que crianças de 6 e 7 anos, “cujos pais em fevereiro já pagaram a propina para o presente ano letivo, vão ter aulas online,porque simplesmente ninguém fez o que devia ser feito”.

Mas o que o sindicato considera mais “escandaloso” é que, na mesma cidade, nas duas escolas onde o português é disciplina curricular opcional a partir do 7° ano de escolaridade haja aulas de português presencial. “Os alunos, nenhum deles português, pouco ultrapassam os 40 na totalidade, vão continuar a ter condições de ensino presencial gratuito, com duas professoras pagas pelo Estado Português, que vão ter, como já tinham no passado ano, apenas 2 ou 3 alunos por turma”, diz o SPCL, descrevendo esta situação como uma “inacreditável discriminação relativa às crianças e jovens portugueses, tratados como sendo de menor importância”.

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