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Silêncio Lafões

Silêncio Lafões escuta os teus poetas
Escuta o comboio na ponte de Negrelos
Observa este Vouga que se junta ao Sul
Silêncio não me arranquem os últimos cabelos.

Vem Lafões repor as tuas linhas férreas
Os viajantes na estação querem viajar
Comer cachos e dormir em casas térreas
Olha o bota fogo aquilo é que é andar.

Silêncio Lafões já tiveste Duque e Conde
Grandes pensadores por aí a cochichar
Presidentes vieram não se sabe de onde
E os teus poetas não param de declamar.

Na minha cidade com cintura de bruma
Na ecopista passeia toda boa gente
Passeia o charruas e o doutor de coisa nenhuma
Logo vão ao Moita para beber uma aguardente.

Silêncio Lafões será que conheces aquele artista
Foi ontem que o conheci ali no café
Tem fama de actor, doutor e comunista
Até então não sabia, mas agora já sei quem ele é.

E vejam lá amigos os inimigos que ele tem
Por mim venci o preconceito, ignorei o que foi dito
Respeitarei piamente as convicções do filho e da mãe
Silêncio Lafões podes crer que em ti acredito.

José Valgode 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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