Sete filmes portugueses no festival de cinema de Talinn
Filmes de André Carrilho, Maria Trigo Teixeira, Paolo Marinou-Blanco e da dupla Alexandra Ramires e Laura Gonçalves estão entre as sete produções portuguesas em competição no festival de Tallinn, na Estónia, a decorrer de 8 a 24 de novembro.
A programação integral da 28.ª edição do Tallinn Film Festival, hoje anunciada, inclui um total de dez filmes portugueses e de coprodução portuguesa, com duas longas-metragens e cinco ‘curtas’ selecionadas para secções competitivas, nas quais também se encontram filmes de Renato José Duque e Rujitanont Thanut, assim como a ‘longa’ documental “Ouro Negro” (2024), do realizador japonês Takashi Sugimoto, produzida por Filipa Reis.
“Sonhar com Leões” (2024), de Paolo Marinou-Blanco, tem estreia mundial na secção competitiva Escolha da Crítica (Critics’ Picks Competition) do festival de Tallinn.
Segunda longa-metragem do realizador de “Goodnight Irene”, que tem trabalhado entre Portugal e os Estados Unidos, “Sonhar com Leões” apresenta-se como “uma tragicomédia sombria, romântica e surrealista sobre a eutanásia”, centrada numa doente terminal.
O filme conta com os atores Denise Fraga, João Nunes Monteiro, Joana Ribeiro, Sandra Faleiro e Victoria Guerra, como protagonistas, tem produção das portuguesas Promenade e Darya Films, com a brasileira Capuri e a espanhola Cinetica Produccions. Contou com apoios do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), da Agência Nacional do Cinema do Brasil, da Mallorca Film Commission, dos programas Ibermedia e Eurimages e da NOS Audiovisuais, entre outras entidades.
Na competição para melhor documentário, também em estreia mundial, está “Ouro Negro” (“Black Gold”), de Takashi Sugimoto, filmado numa aldeia indiana. A oferta do cabelo de uma mulher, nesse meio rural, “revela uma ligação entre fé, sacrifício e comércio”, segundo a sinopse da obra.
“Ouro Negro” é produzido por Filipa Reis para Uma Pedra no Sapato, com apoio do ICA e da RTP.
“Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, vencedor do prémio de melhor ‘curta’ no Festival de Annecy, está na competição de curtas-metragens de animação, a par de “Amanhã não dão chuva” (“It Shouldn’t Rain Tomorrow”, 2024), da realizadora Maria Trigo Teixeira, que trabalha entre Portugal e Alemanha.
Coprodução luso-alemã, que envolve os Estúdios de Animação AIM, “Amanhã não dão chuva” fala de uma mulher que regressa à casa da infância para acompanhar a mãe incapaz de viver sozinha.
Na competição de filmes para crianças está o filme de André Carrilho “A Menina com os Olhos Ocupados”, baseado num livro do autor.
A presença portuguesa na competição conta ainda com as curtas-metragens “Cherry, Passion Fruit” (2024), de Renato José Duque, e “Tragedy” (2023), do tailandês Rujitanont Thanut, coprodução entre Finlândia, Bélgica, Portugal, Austrália e Tailândia, na secção Novos Talentos.
Extra-competição serão exibidos “Os Enforcados” (“Carnival is Over”, 2024), de Fernando Coimbra, longa-metragem de produção brasileira com a portuguesa Fado Filmes, que passa na secção Best of Festivals, depois de ter estado no Festival de Toronto; e a ‘curta’ documental “Trapstarz” (2024), de Gonçalo Loureiro, na secção Echoes of Expression – Live Action Documentaries, depois de premiada no FEST-New Directions Festival e no Fantasporto.
“Saber cair é uma ciência” (2023), de Katalin Egely, vídeo da canção de A Garota Não, distinguido nas “curtíssimas” do festival Monstra Lisboa, será exibido nas Night Sessions do Tallinn Film Festival.
A abre na próxima sexta-feira com a estreia de “Long Story Short”, produção alemã de David Dietl.