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Se eu soubesse tocar piano, tocaria nos Passos Perdidos da AR

Hoje ao vir trabalhar ouvi os “Sinais”de Fernando Alves na TSF”!… Fernando Alves sob o título “O som do silêncio”enquadrou a sua crónica de hoje, lendo a publicação que o Pianista de Paris colocou no seu Facebook.

As lágrimas embaciaram-me os olhos,…senti que Todos nos esquecemos de olhar para os que nos estão próximos e sorrir com esse mesmo olhar, que a História da Humanidade é feita de milhares e milhares de Histórias de Vidas anónimas!…todas têm em comum o principio e o fim, sujeitas todas à capacidade de Amar e serem Amadas,… quem nunca teve a oportunidade de receber Amor, e falo do Amor fraternal, deambulará sempre pela Vida odiando e agredindo,…escrevo isto não para comentar directamente os ataques de Paris, esses ecoam silenciosamente pesados no mais profundo de Nós neste respeito infinito por todas as vitimas!

Escrevo estas palavras, pela radicalização no pior sentido da nossa vida política, pelos comentários e criticas abusivas que temos assistido nos últimos dias  através de alguns dos seus Agentes. Não aceito que em pleno séc XXI aqueles que representam o meu País, este País que eu aprendi a Amar desde pequena, não posso admitir, dizia eu, que responsáveis políticos insultem levianamente quem representa democraticamente Portugal, e que diariamente se alimentem “atentados” à integridade moral seja de quem for. Chamadas de atenção sim. Críticas concerteza. Argumentar em defesa de posições certamente.

Mas “Se queremos ser respeitados, temos que respeitar!…”. Se queres demonstrar que tens razão, nunca agridas pois se o fizeres perderás a razão!…” Princípios da educação que deixaram de estar na moda, não se usa!!!… usa-se a crítica resguardada pelo ruído cobarde de quem reclama insultando de quem  aposta. Impor-se pelo ruído, apostando que o ruído se sobrepõe ao bom senso.

A radicalização de posições, a não aceitação de posições contrárias, fazendo disparar em alta velocidade impropérios às posições que não são as nossas, é um mau sintoma… Aceitem-se e entendam-se.

Aprendam a respeitar os outros.

A Vida é muito mais que um mero lugar de poder e a Política se correta e eticamente exercida é certamente uma das mais nobres actividades do Homem pela evolução positiva em que se deverá traduzir e pela abrangência que comporta.

Se eu soubesse tocar piano, tocaria nos Passos Perdidos da Assembleia da República de Portugal uma Canção de Amor, daquelas que todos sabem entoar… as televisões transmitiriam, e em cada canto do meu País se entoava uníssono palavras comuns por pessoas comuns… os jornais colocariam na primeira página do dia seguinte um País inteiro a cantar, as televisões de todo o Mundo abririam as suas emissões dizendo que o Coração da Democracia portuguesa, o Parlamento estava em Paz, seria noticiado que os atentados vis se tinham rendido ao Amor e à Confiança que todos os Portugueses civicamente depositaram nos seus agentes…

Viria então à lembrança as palavras do Poeta; que ridículas são as cartas de amor, mas mais ridículas são as pessoas que nunca escreveram cartas de Amor, acrescento eu. Ridículas também as pessoas que nunca sonharam em poder fazer parte da construção de Um Mundo Melhor.

Deixo aqui ficar as palavras de outro Poeta:

Urgentemente

É urgente o amor

É urgente um barco no mar


É urgente destruir certas palavras, 
ódio, solidão e crueldade, 
alguns lamentos, muitas espadas. 

É urgente inventar alegria, 
multiplicar os beijos, as searas, 
é urgente descobrir rosas e rios 
e manhãs claras. 

Cai o silêncio nos ombros e a luz 
impura, até doer.

É urgente o amor, é urgente 
permanecer.

Eugénio de Andrade, in “Até Amanhã”

 Ana Maria Príncipe, em 18 de Novembro de 2015

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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