O voo 4S3501, da Red Sea Airlines, com origem no Egito e destino ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, tornou-se num verdadeiro pesadelo para passageiros, pilotos e tripulantes. A poucos minutos de aterrar, tudo deu errado e Diana Domingos, portuguesa que regressava de férias, viveu “in loco” o pânico que depressa se instalou a bordo.
De acordo com a portuguesa, em entrevista à NIT, os sinais de que este voo estava já enguiçado eram claros. Ainda no Egito, os cerca de 180 passageiros foram informados pela companhia aérea de um atraso. Sem nunca lhes terem sido confiados os motivos, viram-se forçados a esperar 11 horas entre um hotel e o aeroporto.
Pelas 20h00 locais, e quando a hora do voo estava agenda para as 9h00, o Boeing 737-800, de 17 anos, levantou e percorreu, com “normalidade”, conta, grande parte do percurso. No entanto, a cerca de 45 minutos do destino final “as máscaras de oxigénio caíram sobre as cadeiras, tal como vemos nos filmes”, disse.
Pouco depois, várias pessoas vomitaram e chegou mesmo a haver quem perdesse os sentidos, incluindo toda a equipa de comissários, à exceção de uma hospedeira que “nervosa, dizia para colocarmos as máscaras, foi uma grande confusão”.
Também Diana, escreve a NIT, evidenciou alguns sintomas: “A primeira coisa que senti foi a perda de altitude. Depois senti uma forte dor de ouvidos e de cabeça e já não fui capaz de colocar a máscara. O meu corpo não me obedecia, era como se estivesse a adormecer, a cabeça a descair”.
Apesar do grande susto, o aparelho aterrou em segurança e os passageiros foram assistidos pelas equipas de emergência do aeroporto português.