A polícia sul-africana resgatou com vida um empresário português de 69 anos raptado há 10 dias no Soweto, sudoeste da cidade de Joanesburgo, disse este sábado fonte do comando nacional da força de segurança.
“Uma equipa multidisciplinar liderada por uma unidade especial de intervenção e inteligência deteve uma cidadã zimbabueana ilegal em ligação com o rapto de um empresário português de 69 anos”, explicou a porta-voz da Polícia Sul-Africana (SAPS) Athlenda Mathe.
“O homem foi resgatado e transportado para um hospital privado”, adiantou.
A porta-voz da polícia sul-africana salientou à Lusa que o empresário foi encontrado no subúrbio de Lenasia, maioritariamente habitado pela comunidade muçulmana, junto ao Soweto, tendo sido resgatado com vida às 23:45 (00:45 em Lisboa) desta sexta-feira, 09 de agosto.
Questionada pela Lusa, Athlenda Mathe salientou que “o resgate foi solicitado, mas não foi pago”, sem avançar detalhes.
O empresário foi raptado no dia 31 de julho no Soweto, segundo as autoridades sul-africanas.
Nos últimos 19 meses, pelo menos 33 empresários luso-sul-africanos foram alvo de sequestros na província sul-africana de Gauteng – onde se situa a cidade de Joanesburgo -, epicentro da violenta criminalidade e raptos no país africano, indicaram várias fontes à Lusa.
A África do Sul enfrenta um agravamento do crime de sequestro em que são exigidos elevados montantes financeiros pelo resgate das vítimas, segundo a polícia sul-africana.
A maioria dos incidentes tem ocorrido em Gauteng, de acordo com as mesmas fontes.
Dados oficiais, consultados pela Lusa, indicam que, só no último trimestre de 2023, a polícia sul-africana registou 4.577 raptos no país, um aumento de 11% (mais 453 casos) comparativamente ao período homólogo do ano anterior.
Segundo dados do Governo sul-africano, residem na África do Sul cerca de 200.000 cidadãos portugueses e perto de meio milhão de lusodescendentes.