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Portugal e Alemanha querem fortalecer relação bilateral

© Lusa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, sublinhou esta semana que os governos de Portugal e da Alemanha estão empenhados em “dar ainda mais intensidade” a uma relação bilateral que faz de Berlim o segundo parceiro comercial mais importante.

Na segunda visita oficial ao estrangeiro depois da tomada de posse, a primeira à Alemanha, Luís Montenegro revelou que os dois países estão “muito próximos em vários desafios que se colocam à Europa”.

“Temos todas as razões para confiar no reforço das ligações nas relações culturais, económicas e políticas entre Portugal e a Alemanha (…) Estamos ambos empenhados em dar ainda mais intensidade a uma relação que, do ponto de vista comercial, faz da Alemanha o segundo parceiro mais importante”, revelou o líder do governo português.

O primeiro-ministro português chegou à Chancelaria Federal às 11:30 (menos uma hora em Portugal continental) e foi recebido pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, com honras militares. A integrar a comitiva portuguesa esteve também Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros português.

“Combinámos ambos participar num fórum empresarial que decorrera aqui em Berlim no fim do ano, ou princípio de 2025, que juntará empresários alemães e que será uma oportunidade para aprofundar os investimentos que as empresas alemãs fazem em Portugal e para dar nota daquilo que as empresas portuguesas aportam à economia alemã”, revelou Montenegro em conferência de imprensa conjunta.

“Daremos prioridade aos investimentos na área digital, na área da transição ecológica, na área da inovação”, detalhou.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, sublinhou que Portugal é um “aliado fiável”, “bom amigo da União Europeia”, agradecendo o apoio que tem sido dado na ajuda à Ucrânia, um dos pontos que também foi discutido durante a reunião entre os dois líderes.

A poucos dias das eleições europeias, marcadas para 9 de junho, Scholz e Montenegro aproveitaram para apelar ao voto “expressivo e claro” como um instrumento de combate aos extremismos.

“Felizmente os extremismos, quer de direita, quer de esquerda, não são ainda prevalecentes na União Europeia e, muito menos, em Portugal (…) Há efetivamente um deposito de frustração que os eleitores têm evidenciado nas sucessivas eleições, internas e, neste caso também, europeias relativamente a expectativas que não são cumpridas (…) É preciso governar bem, responder aos problemas das pessoas”, sustentou o primeiro-ministro português.

“Passámos grande parte do tempo do nosso encontro a olhar para a competitividade europeia, para a reformulação do mercado interno, para os mecanismos de financiamento e de investimento para criar mais riqueza. Termos mais pujança económica para garantirmos maior bem-estar social. E é isso que combate os extremismos, sejam eles de direita ou de esquerda”, concluiu.

A primeira visita oficial de Luís Montenegro ao estrangeiro foi a Madrid, para um encontro com o presidente do executivo espanhol, Pedro Sánchez.

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