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População europeia cada vez mais a viver sozinha

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O Serviço Federal de Estatística anunciou que 20,3% da população da Alemanha vivia sozinha em 2023. Na média da UE 16,1% vivem sozinhos. Na Finlândia 25,8% , na Estónia 31,5%,  Portugal 9,8 % ,  Croácia 9,9 %,  Irlanda 8,3%, Polónia 8,7 %, Chipre 8,0%, Eslováquia 3,8%, etc.

A proporção de pessoas idosas que vivem sozinhas é o dobro da média da população. Na UE 31,8% têm 65 anos ou mais e na Alemanha 34,6%. No contingente das pessoas que vivem sozinhas não estão incluídas as que vivem em alojamentos partilhados ou em lares de idosos ou de terceira idade.

Embora Portugal registe 9,8 % da população a viver sozinha, é o país que envelhece mais depressa na União Europeia. O Brasil está a tornar-se um grande recurso para a compensar o envelhecimento da população.

Uma Europa velha e exausta, que ainda por cima nos esgota com guerras económicas e militares, empobrece cada vez mais as suas populações e está a levar as pessoas à solidão e ao desespero. Uma elite farta e cheia, que se mostra tão aberta e misericordiosa com os refugiados que fogem da pobreza e das guerras que ajudámos a instigar, deveria criar meio de ser também misericordiosa com a sua população precária.

No final, continuamos a beneficiar da sua ânsia de vida, que há muito perdemos. A nossa cultura despede-se de si mesma e fica um vasto território para povoar e cultivar.

Uma esperança: o mundo e a natureza continuam.

António da Cunha Duarte Justo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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