O Partido Popular (PP) conseguiu uma histórica vitória nas eleições autonómicas da Andaluzia, assegurando uma maioria absoluta, fixada em 57 deputados, que evita a entrada no Governo da extrema-Direita.
O presidente da segunda maior região espanhola, Juanma Moreno, duplicou o número de assentos (57) em relação a 2018, ultrapassando também o recorde do partido que pertencia a Javier Arenas em 2012 (50).
O discurso moderado do presidente andaluz, muito próximo ao líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, foi capaz de absorver toda a representação dos Cidadãos e tirar votos ao Partido Socialista (PSOE) e Vox. Desta forma, Juanma Moreno atingiu os dois objetivos do partido, derrotando uma candidatura socialista muito ligada ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e travando o crescimento da extrema-Direita, que não terá a chave para formar Governo.
O Vox passou a ser a terceira força política na região, mas os resultados ficaram abaixo das expectativas (14). A candidatura de Macarena Olona esperava atingir os 20 deputados para exigir a sua entrada no Executivo popular seguindo o exemplo de Castela e Leão.
Os Cidadãos, parceiros de coligação do PP durante a última legislatura, ficam sem representação na Câmara, depois da candidatura do antigo vice-presidente, Juan Marin, perder até 21 deputados.
Por outro lado, as urnas confirmaram o pessimismo instalado no seio do PSOE, que sofreu o pior resultado da sua história numa região tradicionalmente de Esquerda. Os socialistas, que pela primeira vez se apresentavam desde a liderança da oposição, passaram de ser o partido mais votado na Andaluzia, em 2018, a somar unicamente 31 assentos.
Os resultados ainda foram piores à Esquerda dos socialistas, após a guerra interna entre as duas candidaturas. Por Andaluzia conseguiu entre 4-5 assentos, enquanto Adelante Andaluzia alcançou os 3, muito longe dos 17 logrados em 2018, quando se apresentaram em coligação.