Padre Rui Barnabé leva lusodescendentes de Mainz à Jornada Mundial da Juventude
O padre Rui Barnabé, sacerdote na comunidade de Língua Portuguesa de Mainz, na Alemanha, contou à Agência ECCLESIA que, em “50 anos de comunidade de Língua Portuguesa, é a primeira vez que há um grupo que participa numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“Em 50 anos de comunidade de Língua Portuguesa, é a primeira vez que há um grupo que se organiza participa numa JMJ e eu suponho que o facto de ser em Portugal terá ajudado”, explica o sacerdote.
O padre Rui Barnabé recorda que “cativar para ir a Portugal não é preciso, já faz parte dos hábitos e tradições fazer férias em Portugal” e, desde que está na Alemanha tentou “cativar jovens para ir a outras edições da JMJ, sem sucesso”, esta edição, por “ser em Lisboa permitiu a formação do grupo”.
O entrevistado refere que são seis jovens, “todos lusodescendentes”, alguns já nascidos na Alemanha, mas todos com “pais portugueses” que vão integrar o “grupo maior da diocese de Mainz”.
“São jovens que falam português e vão ser mais uma mais valia neste grupo, não tenho dúvidas, até nesta ponte entre culturas, e depois vou acompanhar também o grupo alemão, uma vez que estou nesse papel nos dias nas dioceses e nos dias em Lisboa”. O sacerdote destaca que “desde jovem e depois já como padre participou em várias edições da JMJ” mas que Lisboa 2023 vai ser especial.
“Claro que regressar ao meu país neste contexto naturalmente que tem um sabor especial e fazer acompanhamento deste grupo claro”, revela.
Carolina Abrantes Mina tem 19 anos, e é uma das jovens inscritas com curiosidade de “conhecer muitas pessoas e o Papa.
“Como vai ser em Portugal tenho oportunidade de ir ao meu país, e conhecer muitas pessoas, acho que vai ser maior do que imagino, quer conhecer muitos jovens e conhecer o Papa”, afirma.
A jovem que está a terminar o 12º ano e quer seguir Economia espera ainda que “seja uma grande experiência e acredita que a fé vai ficar mais forte”.
Já Rita Sousa, de 18 anos, recorda que ouviu falar da JMJ no “verão passado” e, como nunca foi a Lisboa, aceitou “esta oportunidade. Acima de tudo é em Portugal, e nunca fui a Lisboa, é uma oportunidade de conhecer coisas novas e o ambiente de estar em grupo deve ser uma coisa especial”.
A jovem que sonha estudar Medicina partilha que “vai ser interessante ensinar aos alemães tradição, língua portuguesa e ajudá-los a conviver com outras pessoas”.
Algum medo em se inscrever na JMJ Lisboa 2023 teve Lara Mourão, de 16 anos, uma vez que nunca foi a “Portugal sem os pais” e tem “medo de andar de avião”.
O Tiago Sousa, tem 17 anos e partilhou com a Agência ECCLESIA que já esteve em Lisboa, “gostou muito” e acredita que participar na JMJ Lisboa 2023 o vai “levar a conhecer pessoas novas”.
Alicia Ferreira de 20 anos ouviu falar das JMJ “através do padre Rui” e entusiasmou-se para participar.
“Sei que é um evento muito grande, vão estar pessoas de muitos países e achei interessante; na semana antes vamos para Aveiro e é lá que vamos conhecer e preparar-nos”, explicou.