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Paços de Ferreira surpreendeu o campeão Porto

O Paços de Ferreira venceu na receção ao FC Porto, por 3-2, impondo a segunda derrota aos campeões nacionais na I Liga de futebol em seis jornadas, num jogo em que os dois treinadores foram expulsos.

Os pacenses, mais solidários e agressivos a defender e mais perigosos a atacar, foram melhores ao longo do jogo e justificaram o quinto triunfo sobre o FC Porto na história dos 22 confrontos na Capital do Móvel, materializado nos golos de Dor Jan, aos 11 minutos, Stephen Eustáquio, 43, e Bruno Costa, 59, na transformação de uma grande penalidade.

O FC Porto marcou por Sérgio Oliveira, aos 45+7, também de penálti, e Otávio, aos 78, dois golos ainda assim insuficientes para evitar a derrota que poderá atrasar ainda mais a equipa na classificação.

Com este resultado, o Paços sobe vários lugares na tabela, igualando os oito pontos do Moreirense, que é quinto, enquanto o FC Porto mantém 10 e, por agora, o terceiro lugar, a dois do Sporting e cinco do líder Benfica, que ainda não jogaram, mas com possibilidades de ser ultrapassado por Sporting de Braga e Moreirense no final da jornada.

Na antevisão ao jogo, os dois treinadores trocaram elogios, o campeão Sérgio Conceição rotulou mesmo a visita à Capital do Móvel como uma final, mas os seus jogadores não devem ter percebido o recado. Pouco agressivos sem bola e lentos com ela, permitiram que o Paços conseguisse sempre criar mais perigo.

Coeso e solidário a defender e rápido a roubar espaços, o Paços conseguia ganhar muitas vezes a bola na zona de construção do FC Porto e atacar rapidamente a baliza de Marchesín.

Foi com esta receita que os pacenses inauguraram o marcador, aos 11 minutos, pelo israelita Dor Jan, que, com Hélder Ferreira, formou o par de novidades no onze de Pepa.

Com jogos a cada três dias, e serão sete em 22 (entre a paragem das seleções em outubro e a que se segue em novembro), Sérgio Conceição voltou a apostar na rotação, lançando pela primeira vez o médio sérvio Grujic na equipa inicial, ao qual juntou Evanilson no ataque e o estreante Diogo Leite no centro da defesa, perfazendo um total de 28 jogadores já utilizados.

Além destas entradas, Manafá derivou para a esquerda da defesa, recuando Corona para o lado direito, alterações sem resultados práticos para a estratégia traçada. Apesar da apatia, o FC Porto podia ter marcado por Evanilson e Grujic, aos 13 e 14 minutos, mas foi de livre que os campeões nacionais mais perto ficaram do empate, por Sérgio Oliveira, aos 23, num livre direto ao poste.

O FC Porto tinha mais bola, numa tendência que se manteve ao longo da partida, mas o Paços era melhor e mais perigoso, explorando bem as costas dos médios contrários com passes longos para a velocidade de Hélder Ferreira e, sobretudo, Luther Singh, que, aos 33 minutos, venceu em corrida a oposição de Mbemba e por pouco não marcou.

O sul-africano emprestado pelo Sporting de Braga viria a concretizar a ameaça cinco minutos depois, aos 38, mas Nuno Almeida, após consulta ao videoárbitro, anulou o golo, por alegada falta de Dor Jan no lance.

Na sequência dos muitos protestos do banco pacense, treinador principal e adjunto foram expulsos, mas a intranquilidade ‘morava’ do lado dos campeões nacionais e seria, de novo, bem aproveitada pelos locais.

Stephen Eustáquio ganhou a bola à entrada do meio-campo portista, desmarcou Hélder Ferreira na direita e foi finalizar na área, sem grande oposição, aproveitando o centro atrasado do colega.

O jogo caminhava para o intervalo e no sétimo minuto de descontos o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade, por mão de Eustáquio que Nuno Almeida considerou intencional, que Sérgio Oliveira concretizou, reduzindo a desvantagem.

Sérgio Conceição lançou Luis Díaz e Nakajima na segunda parte, mas, mais uma vez, o Paços, com grande solidariedade coletiva, conseguia ter ataques mais ‘limpos’ e aproximações mais perigosas à baliza e, depois de duas ameaças, voltou a marcar, aos 59 minutos, numa grande penalidade a punir desnecessária mão de Marega na área.

Bruno Costa, formado no FC Porto, não festejou após a conversão do castigo máximo e quase ‘bisou’ aos 66, já depois de Stephen Eustáquio rematar ao ‘ferro’ da baliza de Marchesín.

Com dois golos de desvantagem, o FC Porto lançou-se desesperadamente no ataque, com o Paços a recuar no terreno e a manter fechados os espaços, num esforço que só não evitou o golo de Otávio, aos 78 minutos, num remate forte e colocado à entrada da área.

O pacense João Pedro dispôs do último lance de golo no encontro, findo o qual Sérgio Conceição acabaria expulso por protestos.

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