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Ouviu-se a “Grândola” numa manifestação na Suíça

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“Contra a deterioração das condições de trabalho”, milhares de trabalhadores da construção civil da Suíça francófona entraram em greve esta segunda-feira e saíram às ruas para expressar a sua indignação.

Segundo os sindicatos, em Lausanne, manifestaram 4.000 trabalhadores, e em Genebra, cerca de 2.000, entre os quais muitos portugueses que chegaram a entoar “Grândola Vila Morena”.

Genève. – Grandola vila Morena

Posted by Jose Sebastiao on Monday, November 7, 2022

Manifestações também tiveram lugar em Delémont, Friburgo e La Chaux-de-Fonds. Esta mobilização do setor da construção tem como pano de fundo a renovação do Acordo Nacional de Trabalho (CN), que expira no final do ano. Apesar de seis rondas de negociações, os parceiros sociais ainda não conseguiram chegar a um acordo.

Os trabalhadores do setor denunciam a intenção dos patrões de quererem flexibilizar excessivamente os horários de trabalho, com dias mais longos no verão e feriados forçados no inverno. “Seria o retorno da era dos trabalhadores sazonais, há 50 anos”, lamentou, José Sebastião, secretário do sindicato Unia.

Em Genebra, os grevistas ficaram quase uma hora no meio da ponte do Mont-Blanc, onde os discursos dos sindicalistas se sucederam. “Esta ponte que nós construímos, como o resto deste país, é o símbolo de todas as nossas lutas unidas”, lançou Thierry Horner, do sindicato SIT, diante de manifestantes determinados.

Os manifestantes e grevistas de Genebra fizeram um minuto de silêncio para homenagear os colegas que perderam a vida no exercício de sua profissão. Em Lausanne, o desfile também ficou em silêncio por um curto período em memória do operador de guindaste que morreu na queda de sua máquina em outubro passado.

A mobilização dos trabalhadores da construção da Suíça francófona ocorre em dois dias. Na segunda-feira, o protesto ocorreu de forma descentralizada. Esta terça-feira, estará concentrado em Lausanne, com uma grande concentração de trabalhadores dos vários cantões. “Amanhã, vamos sacudir as pontes de Vaud”, avisou José Sebastião.

Les maçons en grève descendent dans la rue et paralysent Genève

🗣 «Une négociation, c'est pour atteindre un but et non un moyen pour faire la grève», René Leutwyler, directeur commercial Construction Perret SALes maçons en grève descendent dans la rue et paralysent Genève ⬇️

Posted by Léman Bleu on Monday, November 7, 2022

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