De que está à procura ?

Lifestyle

Os Jardins Efémeros regressam a Viseu

A incerteza é o tema da X edição dos Jardins Efémeros’2022: o festival multidisciplinar que volta a Viseu, entre 8 e 16 de julho.  E para lá de mais novidades sobre a programação, anunciamos os resultados das chamadas de artistas nacionais e internacionais e novos projetos de reflexão, experimentação e participação.

A música. Em 2022, os Jardins Efémeros vão receber um projecto que cruza os diferentes géneros musicais de Pino Palladino, Sam Gendel, Blake Mills e Abe Rounds e simultaneamente explora a versatilidade musical destes artistas.

Pino Palladino, baixista de rock and roll, jazz e rhythm and blues, vencedor de um Grammy, considerado um dos melhores baixistas do mundo. Abe Rounds que começou a tocar bateria com apenas um ano de vida e tem vindo a colaborar como multi-instrumentista, com artistas como Seal, Andrew Bird, Sara Barellies, Pino Palladino, Blake Mills e Mark Ronson. Blake Mills, o compositor e prodígio da guitarra, foi produtor de álbuns de Alabama Shakes e Perfume Genious, que redefiniram o som e a carreira desses artistas. E Sam Gendel, músico e produtor de Los Angeles, conhecido principalmente pelo seu trabalho como saxofonista, proficiente em diversos instrumentos, que para além de integrar este quarteto, irá igualmente atuar a solo nos Jardins Efémeros.

Mais. A presença do artista Vladislav Delay. A possibilidade de partilhar a demanda para encontrar uma música que ainda não foi ouvida de Vladislav Delay vai ser um dos grandes momentos da programação deste ano. O músico finlandês, que conta com um repertório de diversos géneros musicais e com a colaboração de múltiplos artistas, passa de uma relação estável com os ritmos instituídos da pista de dança, para a experimentação de diferentes tipos de musicalidade. Das suas diversas colaborações salientam-se Scissor Sisters, Craig Armstrong, AGF, Black Dice, Massive Attack, Towa Tei e Ryuichi Sakamoto.

Os Jardins Efémeros desafiaram artistas de todo o mundo a participar numa Chamada de Artistas Sonoros, com o objetivo de promover a diversidade musical, artística e estética, a que os Jardins Efémeros anualmente proporcionam.

A Comissão de Avaliação, constituída por Beatriz Rodrigues (instrumentista e compositora), Catarina Machado (radialista e crítica de música) e Sandra Oliveira (programadora e gestora cultural), teve de selecionar propostas das 67 candidaturas submetidas na chamada de artistas, sendo que 15% eram do distrito de Viseu, 69% do resto do país e 16% internacionais. As  propostas selecionadas foram: Yamila, que dança entre a música electrónica e analógica, misturando a tradição e a experimentação; Nuno Morão, que irá mostrar o seu projeto de percussão a solo, explorando as potencialidades tímbricas e rítmicas de um conjunto de instrumentos, criando uma linguagem musical única; Wipeout Beat, uma banda de três veteranos no panorama musical de Coimbra, o seu disco «No more nights» é um convite às noites de perdição e de partilha, uma antítese do próprio título; e a Rachika Nayar, compositora e produtora do Brooklyn, cria música ao explorar as possibilidades expressivas da guitarra por meio de processamento digital.

Este ano, os Jardins Efémeros juntam-se à acção artística colectiva Mantra da PAZ  e convidaram comunidades e participantes individuais a colaborar na construção de uma peça de 2160 quadrados bordados com a palavra «Paz», como apelo local aos governantes nos seus compromissos com os processos de paz e sustentabilidade.

Outra das iniciativas que vai marcar os JE deste ano é Cidade Invisível, um projeto que propõe uma reflexão sobre o espaço privado/espaço público e a coabitação potenciadora da relação bidireccional entre o indivíduo e o colectivo. Partindo de lugares/não-lugares do centro histórico de Viseu, desenvolver-se-ão uma série de exercícios criativos. Cidade Invisível é um projeto de alunos da Escola Superior de Educação de Viseu, com alunos da Escola Secundária Viriato, coordenados pelo Coletivo de artistas LP2, por Paula Rodrigues pela ESEV, Ana Paula Barbosa, pela ESV e Paula Soares pelo PNA.

A funcionar em regime «fora de portas» desde o ano passado, o projecto A Casa do Sonho continuará a existir dessa forma e vai ter 7 oficinas a decorrer em escolas, entre 20 e 24 de junho. No total são 26 sessões.

Tal como este espaço educativo, os Jardins Efémeros propõem a implementação de um novo projeto: a Casa da Imaginação, um espaço para todos os que queiram participar e praticar a reflexão e o pensamento crítico, adquirindo os atributos necessários para se tornarem cidadãos democráticos. A criação de um local que estará aberto diariamente, orientado para a educação artística, para servir públicos de todas as idades e imaginações. Dentro do programa da Casa da imaginação temos 17 oficinas que se dividem em 152 sessões.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA