A Perturbação Psicótica Delirante, ainda alvo de muito estigma social, caracteriza-se por um ou mais delírios não bizarros ou plausíveis (ser seguido, envenenado, infectado, amado à distância, traído pelo cônjuge/parceiro) que persistem por pelo menos um mês.
A Perturbação Psicótica Delirante caracteriza-se também por problemas sociais, conjugais ou profissionais, humor irritável ou disfórico, comportamentos coléricos ou violentos e episódios depressivos major.
Existem 7 tipos de Perturbação Psicótica Delirante consoante o conteúdo do delírio:
1. Erotomania – crer que uma pessoa estranha, geralmente famosa ou hierarquicamente superior está apaixonada por si.
2. Grandeza – ter um talento, poder, capacidade mental, mensagem divina ou descoberta realizada especiais e não reconhecidos.
3. Ciúme – infidelidade imaginária.
4. Persecutório – crer que é objecto de conspiração, fraude, espionagem, perseguição, injustiça, prejuízo, envenenamento, calúnia odiosa, assédio ou obstrução nos seus objectivos a longo prazo.
5. Somático – crer que emite odor desagradável, tem infestação por insectos na pele, um parasita interno, partes do corpo deformadas, feias ou que não estão a funcionar.
6. Misto – não predomínio de temática.
7. Não especificado
Os medicamentos anti-psicóticos ajudam o psiquiatra a corrigir o desequilíbrio bioquímico do cérebro do paciente.
O psicólogo ajuda o paciente e respectivos cuidadores na compreensão, aceitação e apoio no aprender a viver com a doença para a respectiva manutenção na sociedade como parte integrante. Técnicas como o treino de competências sociais (não verbais e verbais) e de estratégias de coping para enfrentar os sintomas psicóticos são essenciais, bem como o trabalho com a família ao nível comportamental para redução do stress.