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O Francisco Maria

O Francisco Maria é um rapaz de Cascais, gosta de publicar coisas do Chega e frases realmente chocantes… Passo a citar: “O problema deste país não são ricos a mais, são pobres a mais”.

Depois de lida a frase, constato que o Francisco Maria gasta milhares de euros em competições de automóveis todos os fins-de-semana. As competições são financiadas pelo seu querido paizinho, que faz questão de tratar o menino por você!

O paizinho, de nome José Maria cujos apelidos têm uma ligação “de”, também financiou o BMW, os estudos nas universidades mais caras, a carta de condução, as saídas à noite com a Rosarinho, o Henrique e com os restantes betinhos dos salesianos.

Não querendo ser preconceituoso, acredito que o Francisco Maria nunca se esforçou para rigorosamente nada. No fundo, é um imbecil com estudos, mas sem qualquer tipo de valor, cuja aqueles que estão abaixo da sua classe económica têm o dever de o servir a ele e aos restantes “senhores do dinheiro”…

Vamos voltar à frase polémica inicial: “O problema deste país não são ricos a mais, são pobres a mais”.

O que o Francisco Maria não sabe é que há muitos pobres porque as pessoas têm necessidade de colocar comida na mesa dos filhos e trabalham horas a fio para receberem uma merda, de pessoas que têm grandes empresas e ganham muito dinheiro, à conta de explorarem os tais pobres. Só assim o Francisco Maria pode competir com automóveis caros e dizer barbaridades nas redes sociais… Já para não falar que defende um tipo que é tão ou mais imbecil do que o próprio.

Políticas à parte… também eu gostava de um dia colocar os meus filhos a competir nos automóveis e também eu gostava de competir nos automóveis, mas há uma diferença… Mais do que querer que os meus filhos sejam bons pilotos, vou lutar sempre para que tenham valores e para que tentem tornar a vida dos outros um pouco melhor, não olhando a classes sociais, raças, religiões ou orientação sexual.

Ser de Cascais e ter nascido com o rabinho virado para a lua, não dá ao Francisco Maria o direito de ser um verdadeiro atrasado mental, principalmente quando há pessoas a ganharem o ordenado mínimo, para que o Francisco Maria e o seu respectivo paizinho possam viver “À grande e à francesa”.

Se ninguém se sujeitasse aos ordenados de merda que se praticam, se ninguém tivesse essa necessidade, provavelmente o Francisco Maria e o seu pai tinham de “alancar”… Provavelmente, não tinham tanto dinheiro para as corridas, para os BMW, etc. etc.

Provavelmente, teriam de pagar mais aos seus empregados e isso, obviamente, não abona a favor de muitos patrões.
Gostava de perguntar ao Francisco Maria qual era a ideia dele… Será que é matar os pobres? Bem… Até aqui eram só os ciganos, os pretos, os brasileiros, os gays e toda a gente que não fosse branca e rica… Agora também são os pobres… Está tudo lixado!

Custa-me que a “elite” do nosso país tenha valores tão baixos e mesquinhos, mas acredito que não são todos iguais e que há pessoas que pensam de forma diferente.

Terão de haver sempre patrões e empregados, quem ganhe muito e quem ganhe pouco… No comunismo, o ideal seria que todos ganhassem o mesmo e estivessem totalmente dependentes do estado…. Tudo muito bonito… Mas não dá!

Lamento! Seria injusto que assim fosse! Um médico ou um enfermeiro deve ganhar mais do que eu, um Policia deve ganhar mais do que um varredor de rua (não desprestigiando o trabalho honesto). Há pessoas que estudaram anos a fio, que arriscam a vida e essas devem ganhar mais do que um tipo que seja cozinheiro, por exemplo.

Por outro lado, também não temos que criar um estado que beneficia única e exclusivamente quem tem poder financeiro e quem está de acordo com os parâmetros dos pais dos betinhos dos salesianos.

Quando pensarem em rebaixar alguém, pensem também que há senhoras da limpeza a trabalhar 16h por dia, que mal vêem os filhos, mas não é porque querem! É porque são trabalhadoras e porque têm que levar dinheiro para casa. É certo que há muita malta “encostada” e a viver às custas do estado… Parece-me mal! Mas não vamos generalizar, não vamos descriminar, nem vamos ser uns imbecis.

O karma é uma coisa tramada e nunca se sabe quando a empresa do José Maria não vai desta para melhor.

A vida pode ensinar-nos a humildade da forma mais cruel e espero sinceramente que o Francisco Maria não seja obrigado a trabalhar nas limpezas 16 horas por dia e a ver os seus amiguinhos do colégio a rebaixarem a sua classe nas redes sociais.

Nota:
Este texto não defende qualquer ideologia politica de esquerda ou direita)
O Francisco Maria e o José são nomes “atirados para o ar”.
E eu sou um tipo chamado Tiago Neves, que não pensa muito acerca de política, mas gostava que toda a gente tivesse sensibilidade para as dificuldades alheias e que não olhassem apenas para o seu umbigo e condição social.

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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