Embrenho-me na noite escura à luz do dia
A madrugada da noite é sempre cedo
Conheço-a mais que de cor mas não sabia
Que a tragédia da história vem no enredo
Passam-se os dias e as noites…não me dou conta
Procuro um final feliz que tarde vem
Ignoro manhãs radiosas, sol que desponta
O sol só tem o sabor que a alma tem!
Vergasta-me o estio vão com que me iludo
A crueldade madrasta de invernos frios
Que me entumecem os nervos da alma austera
Se a alma é o que sou eu já não mudo
Senhor da minha vontade tenho meus brios
Nem balbucio por sombras:《Oh quem me dera!…》.
Luís Gonzaga (09/01/2018)