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Meu querido 2020

Chegaste na tua perfeição
(Que feliz estive nesse dia)
Segredaste-me ao ouvido, olá
E eu não o ouvi, esse bem-vinda
Deslizei no novo ano sem pensar
E chegou o mês do medo
Que por coincidência ou não
Era o mês do meu aniversário
O trailer do filme de ficção científica surgiu
Ninguém estava à espera
O realismo era assustador
Houve perda de equilíbrio
Sobreviver tal uma alma errante
O ar era puro
Mas ninguém respirava
Momentos de angústia emergiram
O dinheiro faltou e falta
As crises familiares viram-se
O amor renasceu ou foi assassinado
A violência ganhou vida
E de repente os robôs que éramos
Deixaram de existir
Máscaras e mais máscaras
Não estávamos no Carnaval nem em Halloween
A natureza finalmente estava viva em cada canto das existências vagabundas
Tudo era tudo
Nada era nada
E o tudo foi nada
E o nada tornou-se muito
Sorrisos choravam
E lágrimas deram gargalhadas
A meditação era luz
Mas a escuridão crescia
As supernovas morriam
E novos cosmos nasciam
Vulcões nasceram em casas
Os projectos aconteceram
E as desilusões foram e ficaram
Vi assassinos e criadores
A determinação cresceu
E por vezes a ambição morreu
Tanta contradição
A ignorância foi e é malvada
A inteligência e sabedoria iluminam caminhos
Mas nem sempre, nem sempre
A arena do obscurantismo é prioridade
Serás o escravo dos “poderosos”
E eu, eu pergunto-me
Afinal, mas afinal quem és tu, meu querido 2020?
BV07082020
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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