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Louça biodegradável portuguesa

Pratos rasos, fundos e tigelas biodegradáveis, bem como palhetas para mexer o café biodegradáveis e comestíveis, é a aposta dos empreendedores Pedro Cadete e Luís Simões, que lhes valeu o primeiro prémio do concurso de bio-ideias de negócio realizado pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém e pelo Agrocluster Ribatejo, ao abrigo do projeto Bio-Ware.

Na sua estratégia “Bioeconomia – A Inovação para o crescimento sustentável”, a EU estabelece o rumo para uma economia sustentável e eficiente na utilização de recursos. Reconhecendo-se a forte ligação da região de Santarém à terra e aos recursos biológico, considera-se existir um enorme potencial na região em torno da Bioeconomia e da sua utilização inteligente para o desenvolvimento de soluções inovadoras, com base em recursos biológicos e renováveis. Neste sentido, a NERSANT e o Agrocluster, ao abrigo de um projeto de promoção da bioeconomia – o Bio-Ware -, dinamizaram na região o I Concurso de Bio-Ideias de Negócio, que recebeu candidaturas entre 28 de fevereiro e 30 de março.

A concurso receberam-se dezenas de ideias de negócio com forte componente biológica e sustentável, e que foram apresentadas em sessão de júri na Startup Santarém no dia 11 de maio. As propostas de negócios foram avaliadas, tendo os membros do júri, composto por representantes da NERSANT, Agrocluster, Associação Eco Parque do Relvão, Sociedade Portuguesa de Inovação e Instituto Politécnico de Santarém, chegado a um veredicto, que foi conhecido no dia 17 de maio, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém.

O júri decidiu atribuir o primeiro prémio do concurso ao projeto “Louça Biodegradável + Palhetas de Mexer o Café Biodegradáveis e Comestíveis”, dos promotores Pedro Cadete e Luís Simões. O projeto, através de uma técnica patenteada de prensagem de farelo de trigo, prevê a representação e comércio em Portugal de pratos rasos e fundos, tigelas, que são biodegradáveis em 30 dias. Também as palhetas para café são objeto deste projeto, sendo as mesmas, desta feita, constituídas de materiais orgânicos como o amido de milho, fibras vegetais e aromas, bem como outros ingredientes neutros, que permitam que a mesma não se dissolva durante o uso, nem adultere o sabor do café. Estas palhetas, além de biodegradáveis, são também comestíveis.

Com a atribuição do primeiro prémio por parte da NERSANT e do Agrocluster, os promotores vão agora receber uma bolsa monetária no valor de 1000 euros para a concretização da ideia, bem como apoio técnico, integração num programa de aceleração e ainda a incubação física do negócio na Startup Santarém.

O segundo prémio no âmbito do concurso foi atribuído a Rodolfo Silva, com o projeto Silva Farmer Frutis. Neste caso, a ideia é aproveitar a “fruta feia” (fruta com qualidade alta mas com baixo consumo devido ao seu aspeto), para produção de Kits saudáveis, com brinde, por forma a despertar o interesse de consumo de fruta “saudável” nas camadas mais jovens. Apoio técnico, 500 euros para a concretização da ideia, participação em programa de aceleração e incubação física na Startup Santarém, é o resultado deste segundo lugar no pódio.

Quanto ao terceiro lugar, o mesmo foi atribuído a Licínio Neto, pela candidatura com o projeto “Rosefood – Edible flowers bouquets”, cujo produto consiste na venda de ramos de flores comestíveis, com certificação biológica e garantia alimentar. No caso, o empreendedor receberá 250 euros em prémios para a concretização da ideia, apoio técnico, participação no programa de aceleração e incubação da empresa na Startup Santarém.

De referir que o concurso de bio-ideias de negócio – denominado Acelerador de Bio-ideias – teve como objetivo desafiar a comunidade empreendedora a apresentar ideias para a conceção e comercialização de bioprodutos ou bio-serviços, estimular a geração e o aproveitamento de ideias em torno do desenvolvimento de projeto colaborativos e potenciar o desenvolvimento de bio-ideias de negócio.

O concurso realizou-se ao abrigo do Bio-Ware, projeto dinamizado pela NERSANT e pelo Agrocluster Ribatejo que visa promover ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região, nomeadamente, Bioeconomia “Verde” (agroflorestal) e “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O mesmo conta com o cofinanciamento do FEDER, através do COMPETE 2020.

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