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Le Pen contra o ensino de português nas escolas francesas

A líder do partido francês Rassemblement National, Marine Le Pen, afirmou, numa entrevista à comunicação social portuguesa, que é contra o ensino da língua portuguesa no sistema de educação de França.

De acordo com a política e deputada afiliada à extrema-direita, “o papel da educação nacional francesa é de fazer franceses os filhos dos imigrantes”, e não o contrário.

Le Pen falava ao jornal Expresso e à Rádio Alfa depois do encontro com André Ventura, deputado na Assembleia da República Portuguesa e fundador do partido Chega.

Em Paris, ambos estiveram reunidos tendo como objetivo promover a cooperação entre os seus partidos nas presidenciais em Portugal, já em janeiro, e em França, em 2022.

“A Marine Le Pen aceitou vir a Portugal em janeiro para participar na minha campanha às presidenciais e eu disponibilizei-me para ajudá-la na campanha aqui em França junto das comunidades portuguesas”, afirmou André Ventura, líder do partido Chega e candidato às presidenciais, em declarações à Agência Lusa em Paris.

Os dois líderes partidários encontraram-se ao início da tarde na capital francesa para um almoço onde os principais temas foram a Europa e a cooperação futura entre as duas forças partidárias.

“O que é importante é mostrarmos aos nossos povos que não estamos sozinhos. Nós somos o futuro dos nossos países. E vamos aos países uns dos outros para dizer isto. […] Amanhã será o Chega que virá falar aos franceses. Eu terei a alegria de vir muito proximamente falar aos portugueses”, disse Marine Le Pen, que recebeu André Ventura na Assembleia Nacional.

A presidente do Rassemblement National disse que há muito tempo “esperava” o surgimento de um partido como o Chega em Portugal que “defendesse a soberania do seu país”.

“Nós defendemos a soberania das nações e lutamos contra uma União Europeia que nos quer impor um modelo. Cada país é diferente e é isso que quero preservar”, explicou Marine Le Pen, reforçando a importância da cooperação no seio do partido europeu Identidade e Democracia, onde para além do seu partido e do Chega estão forças como a Liga Norte e a AfD.

Já André Ventura declarou que tanto a Frente Nacional como agora o Rassemblement National foram uma fonte de inspiração para a criação do Chega.

“Eu já tinha dito à Marine Le Pen que o que o partido fez em França é uma inspiração. Não é pelos resultados, é pela forma de fazer política”, sublinhou o deputado português, mostrando-se “feliz” por haver agora uma cooperação entre os dois.

Para além de estarem de acordo em “questões fundamentais” como emigração, minorias, sistema fiscal, proteção da classe média, os dois líderes também estão de acordo noutro ponto: nenhum dos seus partidos representa a extrema-direita.

“Dá jeito ao Presidente Emmanuel Macron e ao António Costa que tudo que fuja ao servilismo que o PSD tem em relação ao PS em Portugal, é extrema-direita”, insistiu André Ventura.

Uma ideia apoiada por Marine Le Pen. “Eu não sou de extrema-direita. Eu dirijo um partido patriota e nacional, nada de extremos. Todos os que não entram no sistema da globalização e são contra a imigração são automaticamente acusados de ser de extrema-direita, mas isso é só para nos descredibilizar”, concluiu a líder partidária.

 

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